Se em Once a música servia de nó, em Begin Again é promovida - e celebrada - a algo maior. Deixa de ser apenas veículo de ligação para se incorporar nas nossas existências. No nosso papel enquanto ouvintes, numa esfera maior que é a cidade. E Carney promove a festa do urbano - uma canção em cada sítio - simultaneamente apresentando-o como um não espaço - a cena dos phones duplos é prova disso. Cada cenário é construído por nós, pelas nossas notas, e o que nos impulsiona é a tentativa de conexão, com outros. Ruffalo olha para a canção, que antes ouvimos, e começa a imaginar, fantasmas a tocar no resto do palco, enchendo o som com o som que falta. É uma das cenas do ano. Tão genial quanto familiar.
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