quarta-feira, 26 de maio de 2010

Hit-Girl és a maior!

Okay you cunts... Let's see what you can do now!

Que nem Michael Clayton


"Is that the mark of a good ending or a bad ending? It's hard to say. I've been harsh, at times, on Lost this season, but not tonight: The ending stuck with me. Right after the final scene, I felt like George Clooney at the end of Michael Clayton; I just wanted to hand a cab driver $50 and tell him to keep driving around so I could try to digest what had just happened."[F]

E foi assim comigo. Que nem Michael Clayton às voltas no táxi, que simplesmente anda, enquanto os meus pensamentos correm. Acabou. Para o bem e para o mal, sejam as vozes de protesto ou de festa, sejam as soluções as nossas ou dos outros. Foi um belíssimo final, um adeus às personagens de sempre, aos rostos que durante 6 anos nos disseram tanto e nos deram um local onde dormir, às vezes sonhar. Viciaram-nos, habituaram-nos, intrigaram-nos. Deixaram-nos...com emoção e a certeza de que as relações nos marcam, para a eternidade. É tudo sobre as pessoas, nós, as pessoas. Há raiva, listas onde enumeram exaustivamente o que ficou por responder, dicionários furiosos sedentos do tintim por tintim. Não estou aí e como diz Zac Springer: precisamos mesmo de respostas a essas questões? Conseguimos todas as respostas da vida?

Foi uma viagem única e irrepetível. See you in another life brothers.

Mais uma cidade

segunda-feira, 24 de maio de 2010

De cavalo para cavalo

Corre o boato de que será Rosie Huntington-Whiteley a substituta de Megan Fox em Transformers 3. Modelo da Victoria Secret's, sem qualquer experiência em representação. Ao menos mantém-se a coerência. E a comunidade masculina agradece.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Farewell (V)

Fãs.

Farewell (IV)

Logotipo.

Megan Fox fora de Transformers 3

E agora rapazes? É que isto só com robôs à porrada é muito mau de gramar.

O Diário da Nossa Paixão

Ele estudava cada caso com cautela. Primeiro, lambia e abria o jornal na página exacta. O cardápio iluminava as diversas opções. E eram muitas as sessões, nas mais variadas salas, para os mais variados olhos. O filme porém não podia ser este ou aquele, aquele ou o outro, tinha de ser um assustador e barulhento filme de terror. O volume no máximo e os gritos do susto, a acelerar o bate-bate do peito. Era requisito obrigatório para o seu esquema semanal: convidar um alegre sorriso do sexo oposto – que suscitasse nele um carregado desejo, o sexo amigos, o sexo! – e levá-lo a uma inocente sessão de cinema. Como mosquinha tonta – e se tudo funcionasse de feição – ela aceitaria, entraria na escura sala e zás, pregada na teia! Sempre que um novo filme estreava, ele espremia o trunfo até à aridez do deserto. E via-o quantas vezes os seus encontros permitissem. Ela gritava, ele, feliz, bocejava. Os jantares são caros, o Jardim Zoológico é demasiado amplo e o Oceanário, bem o Oceanário tem muita, sei lá, água. O certo é que chegou à genial conclusão – com provas dadas – que uma sessão de terror é o balanço perfeito entre o seu estilo sovina e o seu voraz apetite. Por sexo amigos, por sexo! Não era bom com as palavras, nem tinha muito jeito para o humor, mas no que toca a “colocar o braço no ângulo certo para que a donzela assustada se agarre a ele com força” era exímio! Mestre nas pequenas carícias, perito em fingir que partilhou o susto de forma a sair o risinho pateta e cúmplice. Sejam malucos com motosserras, facas ou berbequins, demónios, monstros e afins, qualquer banho de sangue serve. Lá vai ele, dirige-se devagar – chega-te, chega-te – agarra na cabeça do polícia – encolhe-te, encosta-te – e come-lhe a língua – e fecha os olhos enojada enroscando o seu calor no meu peito. Feito.

Era terça-feira. Colega nova, convite novo. Aliás foi ela a convidá-lo, facto que o levou a pensar na facilidade com a sua vida escorregava, mas tal não lhe tirou o sentido de responsabilidade. Não deixa estar que eu pago, disse firme. Vamos ver “aquele filme da miúda loura que eu já vi 3 vezes mas tenho que fingir que é a primeira para te poder comer”? Não, respondeu ela, já vi. Pânico, suores frios. Ela já tinha visto, e agora? E agora? Olhou descontrolado para o resto dos nomes que flutuavam no folheto. As letras desfocavam, o chão fugia. Como era possível em anos de carreira não ter criado um plano B? Ah ah ah ria-se o destino, era só A e recurso nada.

- Vamos ver o “Diário da Nossa Paixão”, deve ser bom – sugere ela enquanto ele ainda tenta encontrar outra chacina no cartaz em questão.

- O diário do quê? – ouviu ele confuso, atordoado. Procurou no papel e lá estavam dois seres enleados num beijo chuvoso. Era o fim. Tinha a noite perdida. Baixou a cabeça e consentiu, fingindo entusiasmo.

Pagou – que remédio – e seguiu a companhia. Nunca tinha ouvido falar do filme, nunca tinha pensado para além da pós-sessão. Ligava pouco a cinema. As luzes apagaram-se, o filme arrancou. Um rapaz e uma rapariga. Gostam um do outro. Namoro conturbado – ele esboçou o primeiro sorriso. Diferenças sociais, a família não ajuda – começou a estranhar. Separam-se – ajeitou a sua posição, começou a ficar desconfortável. Ele escreve mas ela nunca lê as suas cartas – mas porquê, pensou já zangado! Encontram-se anos depois, chove, eles ainda se amam eles sempre se amaram – sorriu mais aliviado mas pensou nos velhotes, quem são os velhotes? Os velhotes são eles, velhotes, ela tem Alzheimer e ele conta-lhe todos os dias a sua história de amor – oh não mas que filme sádico e triste é este?! Porque não podem ficar juntos, tipo, porquê?! Pensou e quando Allie de repente já não conhece Noah e o afasta, ele cai nas lágrimas. Chora que nem o bebé que nunca foi. E chora. E chora. Ele, perdido de amores por o amor de outros. Ela, a seu lado, boceja e tira estrategicamente o pacote de lenços. Ele recebe-os e continua a chorar. Pronto pronto, diz ela agarrando-lhe meticulosamente na mão. Era a quarta vez que via o filme, e ele tinha sido o mais rápido a quebrar. Ela estudava cada caso com cautela. Primeiro abria o site e carregava no link certo. O cardápio iluminava as diversas opções. E eram muitas as sessões, nas mais variadas salas, para os mais variados olhos. O filme porém não podia ser este ou aquele, aquele ou o outro, tinha de ser um enternecedor e lamechas filme de amor.

Contos de cinema

Agarrar no título de um filme e dele escrever uma ficção. Relacionada com a obra ou não. É o que nos vier à cabeça e dela sair. Personagens novas, nomes antigos, tudo serve para rabiscar estes contos de cinema. Ideia que hoje aqui nasce e que daqui a pouco começa. Até já.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

De uma vez só

Chama-se La casa muda e poderia ser apenas mais um filme de terror. Poderia se os seus 79 minutos de duração não fossem sido filmados num único plano sequência.

Farewell (III)

Frase.

Farewell (II)

Início.

Farewell

Preparando a despedida, vou colar aqui no cartaz de cortiça as memórias que carrego destes 6 anos. Domingo arrumamos as malas, e seja qual for o desfecho uma coisa é certa: foi uma viagem do caraças!

O tabaco da vida


De amor cantando,
sem nele demasiado acreditar,
dei a volta ao coração (demorei anos):
está só – mas sem nenhuma vontade de parar…

Desiludidos? Paciência, amigos…
Bebamos mais, fumemos, refumemos,
entre as mulheres, o tabaco da vida.
Como cedilhas pendurados que felizes seremos,

exemplares cretinos nesta noite comprida…
Alexandre O'Neill

domingo, 9 de maio de 2010

Adventureland

Quando pensava já na inevitabilidade do sono, eis que a TVCine (1 ou 2 ou 3, não me recordo) me oferece Adventureland. Mais uma daquelas pérolas que não teve direito a estreia nacional - 500 Days of Summer já não morres sozinho! - e que nos deixa perdidamente apaixonados. Greg Mottola já nos tinha dado o divertido Superbad - a meu ver melhor que qualquer Apatow - mas agora sobe a parada e oferece uma daquelas comédias ligeiras, sem nada de cómico, e sem nada de ligeiro. A vida depois da universidade, o regressar à terra - as pessoas lá odeiam-me, diz o protagonista a certa altura, eu sou romântico, às vezes leio poesia só por prazer - a paixão, o amor, a indefinição que lambe tudo o resto, e nos deixa a boiar. Sem ser muito, sem ser pouco. Jesse Eisenberg é um Michael Cera mais sóbrio, mais contido, mais nós, e Kristen Stwart é o feminino frágil, a boneca quebrada, pálida e viciante, impossível de recusar. Juntos formam o casal mais interessante desde que Natalie Portman e o Zach Braff gritaram para o infinito. À chuva. E há mais - a banda-sonora, os 80´s, as esplêndidas imagens da feira - mas isso deixo para vocês.

Cinquentões da pesada

Depois de Liam Neeson e o seu Taken é Denzel Washington a demonstrar que quanto mais velho melhor. Ou pior, do ponto de vista de quem as leva.

sábado, 8 de maio de 2010

Cada vez melhor

Asylum eu adoro-te!

On the 100th anniversary of the original voyage, a modern luxury liner christened "Titanic 2," follows the path of its namesake. But when a tsunami hurls an ice berg into the new ship's path, the passengers and crew must fight to avoid a similar fate.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O brilho do Pacífico

O episódio de ontem, o oitavo, foi algo de extraordinário. Aliás a série tem sido de um modo geral excepcional, dona de grandes momentos de batalha mas também de profundas análises a nós, humanos. E o conto de ontem foi isso mesmo, a perfeita harmonia entre o amor e o vício da guerra. A espessura e complexidade das personagens, trabalhada e conquistada, para que no fim tudo se perca num mar anónimo de sangue e terra. Arrebatador.

Do you like scary movies?

Sidney Prescott: What's the point they're all the same, some stupid killer stalking some big-breasted girl who can't act who is always running up the stairs when she should be running out the front door, it's insulting.

Questão

Alguém sabe de que filme é a imagem utilizada ali em cima no título?

Arrebatador

O estranho fenómeno das namoradinhas

A Meg Ryan desapareceu - sim aparece aqui e ali dizes tu, mas desapareceu. A Julia Roberts só sai ao fim-de-semana - sim está a aparecer mais, mas ainda assim fim-de-semana. Elas cresceram e no entretanto ninguém apareceu. As namarodinhas da América ganharam rugas e ninguém agarrou a coroa. Onde estão as comédias românticas que encantam um país? Onde estão aqueles papéis que tem de ser daquele específico palminho de cara? O que é que aconteceu aqui?

3 anos

Foi no outro dia que em The Pacific vi um homem, um soldado. Crescido, de arma na mão. Olhei para o relógio - hora, data - confuso olhei para o resto. Ainda ontem aquele ser de barba rija estava criança, a fugir de dinossauros e a dizer que detestava árvores. O ainda ontem desdobra-se em muito tempo e feitas as contas o T-Rex rugiu há 18 anos. Desde então a revolução tecnólogica nunca mais parou, perdeu-se o cheiro, ganhou-se um fundo verde. As salas ficaram cada vez maiores, e mais e mais. Pipocas, baldes, brindes e anúncios de televisão. Até ao dia em que todos temos óculos escuros, dentro de uma sala, às escuras. Foi rápido. Perdeu-se magia, gastou-se inocência. E numa altura em que o 3D está na moda o "Créditos Finais" faz 3 anos. Não é regular, não é certo, mas continua aqui para retratar o nosso olhar ao cinema. Para lembrar as saudades, passadas e futuras. Para que a criança do "ainda ontem" esteja sempre aqui no nosso hoje.

A todos os que nos continuam a seguir aqui fica o nosso sincero obrigado.