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sexta-feira, 22 de abril de 2022

Jason X

 
[SPOILERS] O que uma pessoa faz para ir ao espaço. Começamos logo numa nota de esperança, com o Cronenberg a fazer de um gajo mandão, que decide (erradamente claro) mexer no nosso menino. Tu queres ver que isto vai ser espetacular? Não vai, o realizador de Crash é rapidamente trespassado e o Jason é congelado, juntamente com a nossa heroína. Mas congelados tipo quando deixamos aquele rissol esquecido no congelador, todos cheios de gelo. 400 anos depois são resgatados por uma tripulação muito heterogénea, com humanos e humanóides, que vem em busca de relíquias duma Terra antiga. Esta apresentação e entrada de cabeça numa mitologia nova tem algum colorido. Existe aquele espírito de algo completamente diferente, com um pequeno quê de Alien, claro. Contudo, este burburinho é silenciado pela mecânica tradicional da matança, sem resposta para as dinâmicas diferenciadoras: os efeitos aqui são fulcrais e pioram ao longo do filme, parece que gastaram tudo em pinga. Malta a tentar dar vida a personagens que não existem e frases do Arnie sem o Arnie (We found him. He's screwed é a melhor). Faz tudo um pouco parte do charme eu sei. O Uber Jason tem pinta e a homenagem com os sacos de cama é catita. Mas sai-se com a ideia de que havia aqui futuro para mais futuro.

sexta-feira, 25 de março de 2022

Sexta-Feira 13 - Parte 9

 
Melhor coito campista interrompido. Melhor easter egg a filme alheio (com o Necromicon Ex-Mortis). E melhor assalto a um pipi por criatura esquisita depois do Piranha XXL. Quer dizer este é mais antigo, se calhar está à frente. Gostei do facto de finalmente a bófia desligar a Sport TV e perceber que há alguma coisa a acontecer em Camp Crystal Lake. Nove filmes depois, uma intervenção policial: eu liguei mas eles só chegaram agora. Bem, rebentam com o Jason e aqui a coisa poderia ficar interessante. Mas rapidamente mete a roda na berma e depois é capotar até ao final. Estamos perante outra saga, outro filme onde o vilão passa de corpo em corpo, devido a feitiçaria, à procura de familiares para renascer, ou algo do género. Sei lá. Depois há um caçador. Começa tudo a meio, tudo a martelo, numa tentativa audaz mas completamente falhada de levar o nosso menino ao inferno. Bem, o que um gajo faz para chegar ao Jason X.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Sexta-Feira 13 - Parte 8: Terror em Manhattan

 
Eh moço. Este já é muita complicado. Primeiro, a questão do título: terror em Manhattan mas só um bocadinho, à beirinha do fim, que é para não parecer mal. Uma hora para chegar a Nova Iorque e quando lá chegamos é só becos pós apocalípticos sem ninguém, com um Jason que parece o Ghostface do Scream, está em todo o lado. Até cheguei a pensar que eram dois, ou três. Sim tem aquela morte maravilhosa estilo Rocky, em que o nosso menino arranca uma cabeça com um soco e encesta-a à primeira num caixote do lixo. Bem bom. Mas o resto, anda de metro e não varre a carruagem duma ponta a outra? Quando pensamos no contexto citadino associamos logo a um massacre de larga escala onde ninguém sai ileso. Aqui não, só tinham licença para filmar meia hora e rapidamente tiveram de voltar para os cenários sombrios e para os esgotos. E não é só uma premissa que vai ralo abaixo. Toda a primeira parte do filme, que podia ser um Barco do Amor ao contrário, na tensão de "perdidos no alto mar com uma criatura", é um enorme aborrecimento. As mortes são desinspiradas, a ação é mal editada e não temos direito sequer a um mililitro de tensão. A protagonista tem uma ligação ao vilão, escrita na hora para não parecer mal, mas coitadinha, minha querida Carrie do filme anterior. O que  vale é que ao contrário dos filmes de hoje, este tem só hora e meia, passa a correr e quando damos por nós já estamos desembarcar no capítulo 9, onde o meninão vai para o Inferno. 

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Sexta-Feira 13 - Parte 7: Sangue Novo

 
[SPOILERS] Carrie vs. Jason. Uma jovem telecinética de franja, um Dr. Loomis dos trezentos e uma festa de anos de surpresa. Está a puta armada. Tiro o chapéu a este tomo de contra fogo: se temos um Jason sobrenatural vamos pôr em jogo uma antagonista que tenha as mesmas cartas. E apesar de a curva de aprendizagem desta moça ser mais inclinada que a subida da Senhora da Graça, são esses confrontos que nos fazem o dia. Boa explosão, boa caracterização do nosso menino (belo monstro). Pena que depois as mortes fiquem sempre pela metade. Sim, tem o melhor homicídio em saco de cama de sempre (porra!) mas falta gore, falta aquele esguicho. Isto numa história que, à semelhança dos seus anteriores, vai cortando rapidamente todos os vislumbres de mistério e intriga para terraplanar tudo de novo: que a seguir há mais e não queremos cá complicações. 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Sexta-feira 13 - Parte 6

[SPOILERS] Zero pessoas nuas a banharem-se no lago. Zero cenas do "ah e tal e que tal tirar a roupa toda no meio deste caniçal para ficar mais à vontade". Zero pinanço, zero mamas. Agora a nível de "ressurreição em contexto cemitério com recurso a vara do gradeamento seguida de relâmpago" nisso está irrepreensível. Eu percebo o entusiasmo com este regresso (número um em muitos tops de toda a saga): há uma certa energia tresloucada, bem humorada, numa cavalgada imparável de um novo Jason. Deixamos de ter a carne e osso e damos o salto para um morto vivo como inimigo. Essa mudança traduz-se num maior descomprometimento, uma fuga mais constante e ritmada, mudando a lógica de os heróis só darem pela presença deste malandrão no terceiro ato. Porém, passando este salto, continuamos com um Tommy Jarvis desaproveitado (mais um ator fraquinho), unidimensional, a não conseguir oferecer aquele bailado final que se pedia. Voltamos ao artesanato das catanadas e nada mais. Se calhar sou eu que ia com aquelas expetativas. A seguir acho que vem uma chavala telecinética, como não ficar outra vez em pulgas? 

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Sexta-Feira 13 - Parte 5: O Regresso

 
[SPOILERS] Neste aqui Calcanhotaram a saga, Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta, Sexta-feira sem Jason. Sou eu,  assim sem você. Depois de, no capítulo anterior (suposto final), ter levado com umas catanadas valentes do Corey Feldman o nosso psicopata favorito tem um filmezito de descanso. Vamos então ao encontro de um Tommy Jarvis já adolescente, meio esquisito e traumatizado com os eventos que sofreu em criança, a ser encaminhado para uma espécie de retiro de jovens problemáticos. É então que um assassino imitador, com uma máscara de hóquei e tudo, decide começar a matar à bruta colocando em causa tudo aquilo em que Tommy acredita e trazendo à tona todos os seus fantasmas. Bem, a nível de nudez, mais mamas que nunca, não tenho aqui os números mas duvido muito que algum outro faça frente a tanta mama. Nada a apontar. Depois realçar a coragem de fazer um filme que não tem o antagonista principal e que muda completamente o jogo: estamos no campo Scream, do mistério, do novo filme novo assassino. Eu gosto disso. Há um gajo que parece o Eduardo Madeira e outro o Michael Jackson. Também gosto disso. A questão é que o protagonista não tem mãos para uma alma tão dúbia e pesada como a de Jarvis (não é nenhuma Sidney) e o argumentista não tem lápis para uma resolução minimamente coerente e cativante. Foi um bom esforço, mas agora vamos todos fingir que nada aconteceu e ressuscitar o rapaz.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Sexta-Feira 13 - Parte 4: O Capítulo Final

[SPOILERS] Pontos de interesse, como aqueles sublinhados a vermelho nos mapas do turismo: juventude nua, o George McFly a dançar Jerónimo de Sousa, gémeas tipo Onda-Choc, um cão e a introdução do grande antagonista do Jason, Tommy Jarvis, nas mãos de Corey Feldman. O jovem ator emprega-lhe uma energia refrescante, na dinâmica das máscaras e dos monstros - que ele próprio constrói - na adição de uma família - para além do grupo de malta nova cheia de tusa - e no adeus à inocência naquelas (perturbadoras e supostas) catanadas finais. À semelhança do seu anterior senti que alguns arcos foram desperdiçados, como aquele mocito campista que se vem vingar, mas há aqui mais tempestade, mais chuva, mais terror. Próxima paragem "aquele que não tem o nosso menino".

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Sexta-Feira 13 - Parte 3

 
[SPOILERS] Sempre aquele sentimento exclusivo, da primeira fila, quando se assiste a um momento chave de uma saga. Neste caso, é aqui, Friday the 13th Part III, que o nosso menino mete a máscara de hóquei, para não mais a largar. Rouba-a a outro mocito que andava sempre a pregar partidas às pessoas. Quanto ao resto, o filme mantém uma câmara criativa e uma série de mortes à altura do seu nome: destaque para a rapariga que leva com um arpão no olho e para o cavalheiro que andava ao brincar ao pino e é catanado ao meio, também quem é que anda a brincar ao pino em casa foda-se, estava a pedi-las. O que mais me desiludiu foi o esvaziar das linhas que poderiam dar alguma novidade ao capítulo, como os motoqueiros maus ou aquele flashback da protagonista. Os primeiros apanham como os outros e as memórias da heroína (o seu passado com o Jason) nunca são explicadas. Porque o que interessa é matar, matar, matar. Venha o próximo.