sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Oh Koldo porque é que te foste casar

Eu nem sei bem que quer ele ser. Se novo capítulo, com inovações técnicas e narrativas, se homenagem a momentos clássicos do género, com braços decepados e moto serras. Seja como for falha os dois alvos, passando ao lado da proeza mais importante: fazer dos três [REC] um só, fechando e concluindo o ciclo. Foi o que Paranormal Activity fez, com relativo sucesso mas reconhecida audácia. Aqui não, desligaram a ficha, casaram e ofereceram um banalíssimo massacre B sem interesse nem gozo. Lamentável.

Então, bate bate... (2)


Então, bate bate...

Não sei se já vos disse mas Lena Dunham é a tal. Pelo menos por agora, enquanto rouba descaradamente tudo o que há de genial no mundo, escrevendo prosas televisivas, agitando que nem sumo o meu fofo coração. Tudo, e enquanto Girls não regressa é espreitar outras janelas, é descobrir que ela é uma das argumentistas de Nobody Walks. Coisa pequenina com bom aspecto do caraças já na lista das mais acarinhadas aqui do estaminé.

Principiantes, uma e outra vez, até à canção

Só gostei deste e daquele fragmento. Certas chamas de uma ideia demasiado repetida, queimada até restar pouco de novo. Cansa. Cansa mesmo. Fica, porém - a dor tem destas coisas - o tema mais bonito que ouvi este ano.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

sábado, 11 de agosto de 2012

Miss Agosto


Ele queria matar o Batman mas a mãe dele não deixou.

Quando chegas ao terceiro capítulo ou te chamas Toy Story ou então tens a vida muito complicada. Nolan ou arriscava tudo ou segurava, que nem doido, o leme. Optou pela segunda. The Dark Knight Rises é um caminho tremido, que tenta ir beber o melhor que o passado registou, sempre em tensão, sempre em risco de quebrar. Falta a vontade do risco. Tudo tem de ser explicado ao pormenor, uma e outra vez, para uma plateia de burros que não consegue piscar os olhos. As entrelinhas não existem e a sua ausência faz com que a anarquia não resulte bem. Nota-se a vontade, a gana de sujar, mas ficam as intenções. É um final competente. Longe de ser brilhante.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

És tu Gonçalo?


A 4 de Agosto de 2008 na caldeira do Corvo tirei esta fotografia. Do que nos lembramos ficamos no hipotético. O meu pai, que se lembra mais, inclina e diz que sim, é possível. É possível que a silhueta perdida seja Gonçalo Tocha, ainda a pensar e a preparar o ovni que iria ali criar. Algo tão raro e diferente, que se fosse uma ave bem que iria vomitar, como a história que lá contam. Todas as histórias, todos os rostos, premissa arrojada mas cumprida, enquanto o gorro é feito, enquanto uma ilha se apropria de um homem. E nenhum homem é uma ilha. Fica um objecto interessantíssimo, para ser vertido e bebido de uma vez só. Quanto à foto fica a questão: és tu Gonçalo?

Ah valente!

North Atlantic, a estreia de Bernardo Nascimento na realização, está entre os dez finalistas do Your Film Festival, o primeiro festival de Cinema no YouTube, criado por Ridley Scott. [F]

Eu, acho

Um bom crítico de cinema será sempre um bom crítico de cinema para mim; o que eu acho que deve ser. Eu, acho. Julgar a critica é reflectir a nossa palete de valores, e é fácil. Os meus críticos predilectos são os das tarefas difíceis, gentlemen que dizem mal muito bem - Lopes, Mourinha, Tendinha. Sabem da escrita e com licença lá esbofeteiam, lá dissecam as suas verdades sem que nunca as entranhas fiquem de fora. Contorço-me de inveja. Eu não sei não gostar. Sou gozão, parvalhão e dono de ódios de estimação. 

Não dou grandes hipóteses a quem detesto. E foi isso que Luís Miguel Oliveira - autor do êxito "Danny Boyle cheiras a cocó" - fez hoje na sua crítica a The Dark Knight Rises, detonando antes o que viu depois - ou não começasse o seu texto com o hype gerado. Veio a revolta popular claro, agora em forma de comentários facebookianos, nada interessante, nada produtiva.

Eu acho - lá está, eu, acho - que  é muito importante continuar a regrar e a separar. Manter as linhas. Preservar os portos de abrigo. O cavalheirismo lá de cima, hoje e sempre. Porque senão o que é café, casa, blogue pode-se confundir perigosamente com o que é público, sério, especializado.