Em primeiro lugar um agradecimento especial ao trânsito do Porto que me preparou, por vezes de forma bastante austera, para as esperas que viriam a acontecer. E que bate, com uma perninha às costas, o fim de semana da capital. Não há cá descanso alfacinhas! Depois - como já devem ter percebido - filas. Sábado, primeiro para entrar, depois para entrar mais e depois para andar. Mijava-se bem mas por exemplo, se quisessem pensar, ou mesmo arrotar, já tinham bicha. Comida não: fila para tirar a senha e depois fila para quem já tinha senha. Muita muita gente, muita muita. Isso entope obviamente os serviços que por sua vez não se privam de nos chularem forte e feio. Nada de novo, tem apenas de se encontrar um meio termo necessário que responda não só às enchentes (sábado) mas que também seja lógico para as meias casas (domingo). Não é fácil. Tirando este primeiro impacto e aperto, gostei bastante. Programa muito composto, com pessoas que estão lá mesmo, para aquilo e só aquilo. Pessoas que, citando a Natalie Dormer, sabem das suas merdas. Não é um festival de "música", não tem bêbados idiotas, nem agendas paralelas. Aqui é mapa na mão e universo na outra, estrela a estrela. Desenhando o nosso próprio roteiro sem nunca fugir ao comum, ao grito colectivo "you shall not pass", como se este se tratasse de território virgem com urgência de protecção. Os painéis são o reflexo descontraído disso, onde se vai falando do que se viu, do que se vai ver, do que se pensa, do que se quer, do que se quiser. E o que mais estimula é a surpresa (de cada um) nos recantos improváveis (cosplay de The 100 foi o twist da noite). Porque se gosta francamente. Para mim sim, parabéns rapaziada, bem organizado, bem disposto e muito bem composto. Até para o ano.
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