Há um sketch do Herman, dos velhos tempos, em que é contada a história de Armando José, aquele que quase foi famoso. Armando tem bonecos, piadas e trejeitos muito muito parecidos aos do Herman, mas ao contrário deste nunca conseguiu alcançar o estrelato. Faltava-lhe alguma coisa. E é um pouco assim que continuo a ver todos os filmes de animação da Dreamworks, Armandos Josés da Pixar (é inevitável não comparar).
O mais recente Kung Fu Panda é francamente o melhor deles todos, conseguindo momentos verdadeiramente genuínos e divertidos, faltando porém aquilo que faz o pequeno candeeiro jogar noutro campenato, aquilo que faz o Woody e companhia actuarem para todos e não só para crianças, aquilo que nos dá não só os melhores da animação, mas os melhores, ponto, aquilo...as personagens espessas que nem pessoas e as histórias maravilhosamente construídas, com todo um universo novo e forte, que nos faz pensar a sonhar, ou vice-versa. O panda consegue-o por momentos mas acaba por deixar o humor físico apagar a vida das personagens (e havia ali tanto por explorar) desenhando a tradicional história infantil, sem muitas questões ou preocupações narrativas. Outra coisa que também desgosto nestes filmes é o clichê música, porquê não criar a melodia? Porquê o Kung Fu Fighting nos créditos finais?Porquê o que toda a gente está à espera? Concluindo, tive um bom bocado e soltei as minhas gargalhadas, está aqui um filme engraçado e ternurento, mas...nunca mais chega o Wall-E.
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