sexta-feira, 29 de julho de 2022

A melhor cena do ano

Se ainda não viram o Under Siege: Pataky edition, então é melhor sair, vai pintar spoiler. Estamos perto do final, a nossa heroína, já só com um braço funcional, luta contra o boss - tudo marinado durante semanas em anos 90 - quando do nada aparece um submarino. Dele sai o Capitão Iglo, olhar sério, sem qualquer douradinho. Um gajo a pensar, foda-se e agora? Fim da linha para a nossa menina? Claro que não, por detrás do Capitão Iglo está um sniper genérico com barbas que atira certeiro ao peito do bandido mor. Que delícia amigos, que delícia.

Mega draft de Cinema de Ação, parte 2 - As Filas da Frente

Conclusão apoteótica deste Mega Draft de Cinema de Ação, onde eu, o Bruno e o Jay levamos tudo à frente que nem comboio do Unstoppable, tentando rebentar com apeadeiros não tão evidentes. Claro que o Predador é o Predador. Como não?

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Que coisinha mais linda

O irmão mais novo de X já tem poster, trailer e uma expetativa de bater no tecto. 

Já estamos em setembro? 

E agora, já estamos em setembro?

segunda-feira, 25 de julho de 2022

The Grabber

E por falar em monstros, The Black Phone apresenta um que vai direitinho para o panteão. Trabalho sublime de Ethan Hawke, a hipotecar o corpo, a jogar com as máscaras e as sombras, fazendo de cada uma das suas metódicas aparições um apocalipse. Mérito claro para o par de irmãos protagonista - e nós há pouco a falar de Jeepers Creepers - e para Scott Derrickson que adapta o conto de Joe Hill com uma mestria notável. Os tempos, os espaços, a expetativa, tudo certo. Um dos meus filmes do ano.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Se calhar preferia uma prequela

Epá moços, não queria ser pessimista mas este trailer tem péssimo aspecto. Caseirada com pózinhos meta onde se enfia uma dúzia de desconhecidos para serem chacinados antes dos 90 minutos. Posso estar enganado atenção, o título fala em algo que renasce e a sinopse refere uma mocita que tem premonições. Pequenas luzes de esperança para uma das criaturas mais interessantes e assustadoras do terror moderno. 

terça-feira, 19 de julho de 2022

Fila de Braquiossauros na A2 desde o 2º viaduto do Feijó

[SPOILERS] Há uma cena em que o Chris Pratt faz uma gargalada com uma só mão a um Dilophosaurus. Acho que foi aí que desisti. Sei lá. É que mesmo que se passe a inexplicável escolha dos temas perdeu-se aquela distância necessária. Fallen Kingdom em vez de abordar as questões morais de salvar ou não salvar, debruçou-se sobre os avanços da clonagem, leilões à chuva numa mansão antiga e um dinossauro ainda mais malino do que o outro mais malino que por sua vez já era mais malino que o seu predecessor. Pronto, tudo bem. Jurassic World Dominion em vez de atacar os desafios de equilibrar um ecossistema completamente novo (e explorar os vários cenários) vira uma espécie de live action do A Bug's Life, abordando os novos perigos da manipulação genética. Pronto, vá, que se foda. Siga. O problema é que mesmo dando isto de barato, extinguiram aquele respeito e encanto pelo dinossauro: a sua mística. O perigo, a expetativa. É verdade que a introdução da domesticação palerma, inserida logo no primeiro filme desta trilogia, não ajudou, mas vá lá, isso não justifica. Podíamos ter um Jurassic Galaxy, passado numa casa de férias numa lua de Saturno sobre os perigos dos ventos solares em pulgões da areia, mas ser à mesma uma boa aventura, bem escrita, com as peças no sítio certo. Este filme nem isso consegue, saltitando entre uma edição amadora e diálogos constrangedores. - Tens um dinossauro às costas? - Tenho, tenho. Fim de conversa. O que é que é isto? E depois anda lá o elenco do original, de um lado para o outro, à procura do cheque, sem grande função ou coração. É tudo um bocadito desolador. Sei lá.  É mandar solidificar este filme em âmbar e esperar que nunca ninguém o encontre, porque esta "nova" saga, ao contrário da vida, não está mesmo a encontrar um caminho.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

It's Raining Men

 
Há um episódio, da recém cancelada The Time Traveler's Wife*, em que o protagonista se diverte consigo mesmo. Não, não é assim. Vou explicar melhor: ele viaja involuntariamente no tempo, para outras alturas da sua vida, de modo que, num mesmo evento podem estar duas, três, quatro versões dele próprio. É denso. Mas o Henry adolescente quando se apanhou com outro Henry adolescente decidiu avançar para aquilo que só Marilyn Manson conseguiu, o auto felácio. Esta história toda para ilustrar um pouco o que acontece a estes Garlands e Asters desta vida depois de levarem demasiadas festinhas. Ficam tão entesados com eles próprios que nos oferecem estas sessões de auto bobó, com pouco prazer para quem vê. Men é lindo de morrer, com cenas arrojadas e inesquecíveis. O grande problema é que toda esta copa frondosa e colorida não assenta propriamente em nada. Faltaram-me raízes para tentar resolver, a par com a (sempre incrível) Jessie Buckley, o mistério e o trauma. É tudo estranhamente evidente sem nunca respeitar os tempos da loucura. Acabamos por ter uma escalada sem nunca sair da base.

* bem melhor que o filme.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Rothaniel


Um espetáculo sem piadas de transexuais, asiáticos, genitália ou Twitter. Uma hora que foge desse remoinho episódico para se centrar na cadeira, no micro e na pessoa. Muito singelo o segredo, muito singelo o desabafo. No falar do que não se fala. Dos ângulos mortos presentes na vida de todos. Uma lição de comédia com um dos nós finais mais bonitinhos que vi este ano.

terça-feira, 12 de julho de 2022

O museu dos monstros


Uma das coisas que mais me encantou, neste Como Treinares o Teu Monstro Marinho foi a escala. Grandes planos, cheios de cor, relevo e detalhe. A sinalizar a pequenez e insignificância perante um mundo natural para sempre desconhecido. Que bonito pá.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Quote - Armageddon (1998)

Miss Stamper? Colonel Willie Sharp, United States Airforce, ma'am. Requesting permission to shake the hand of the daughter of the bravest man I've ever met.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

29 de julho


Depois de Y: The Last Man se ter espalhado ao comprido na televisão (confesso que nem cheguei a ver) é a vez de Paper Girls (também de Brian K. Vaughan) subir ao palanque e mostrar a sua magia. Da jornada do último homem ainda me falta ler o último volume e no que diz respeito às aventuras temporais destas miúdas ainda vou a meio (são seis volumes no total), porém o amor é muito. Assim como por Saga, que terá o seu momento, talvez cinematográfico, quem sabe. Enquanto isso é apontar a data e esperar que o jornal bata à porta cheio de força.

Beicinhos da TV


quinta-feira, 7 de julho de 2022

O bom velho vilão


[SPOILERS] Uma das coisas que mais gostei nesta quarta temporada de Stranger Things - para além da luta em que o Hopper enfrenta um Demogorgon com uma espada* numa prisão russa - foi do vilão. Vecna é a matriarca Fratelli, o derradeiro rosto de uma ameaça até à altura demasiado enevoada. Melhor, é um vilão que é mau porque é mau, é mau hoje, foi mau ontem e era mau em criança. Não há redenções nem redisneyções, apenas uma vontade de ver o mundo a arder. E isso, apesar de ser hoje novo, é o coração de uma boa velha aventura.

* Foda-se com uma espada.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Olhado

O nosso querido Isaac Ezban, depois de um Parallel menos conseguido, volta à sua língua materna. E volta de olho no terror, com uma (aparente) clássica história de bruxas. Família e legado. Vamos a isso.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Buscando visa para un sueño

Nestas bicas cinéfilas, entre um curto e um pingado, discute-se muito a questão do momento. Do filme chegar naquele tempo, e de isso virar parte da obra. Ou para os cínicos, parte de como se recebe a mesma. Nunca pensei muito nisto, por razão nenhuma em especial. Mas levei com a onda em cima, há umas semanas. A verdade é que não há dia mais acolhedor para Caro Diario como hoje. Como se os 40 fossem agora bilhete para me sentar com o Moretti neste roteiro pela sua cidade, suas ilhas e suas dores. Um filme cheio de ternura (lá está), que continua a ser completamente diferente de tudo. Uma festa de sonhos, como este de um dia saber dançar. Jennifer Beals?

Mega draft de Cinema de Ação, parte 1 - As Filas da Frente

Esqueci-me do Olympus Has Fallen. Da saga Fallen no geral. Que tristeza. Mas a vida continua. E o bofetão também. Prática essa muito presente nesta ode ao cinema de ação que nos leva por corredores saudosistas, sequências inesquecíveis e terrenos aliciantes (mas perigosos), como a filmografia de Marco Brambila. Parte I, a Parte II sai no natal, para encostar o Avatar a um canto.