terça-feira, 29 de novembro de 2016

Imaginem um mundo

Tem lugar num mundo onde só existem bifanas e essa loira do poster tenta desesperadamente sobreviver, uma vez que só gosta de cachorros. Tem também o James Caan e o Danny Trejo. Esta última parte é verdade. 

É que já Kansas

E eu pergunto: quantas revisitações do universo Oz teremos nós que mamar até ao final da vida? Ou quantas mais conseguirá um ser humano saudável aguentar? Não vale a pena listar, já foi antes, depois, moderno antigo, com cães com gatos, desenhos animados desenhos falecidos, pumba, pimba toma, chega. Mas não, Emerald City, promete um olhar moderno sobre...epá sei lá, é a merda da mesma história, com gajas boas e um cheirinho a steam punk. O Toto é o Inspector Max, e com esta me despeço.

A verdade é que ainda existe uma réstia de


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Era para se chamar Apocalipse Nalgas

Não são quaisquer velas que enfeitam tamanho bolo. E tamanha mordidela, para os desejos prósperos da eternidade. Não se trata de um blogue, onde o individuo, mais ou menos rabugento decide o que deixar. Até pode não deixar nada e fugir, os meses que entender, sem carta nem adeus. O nosso podcast não. É nosso, um projecto a três que todas as semanas está na rua, com mais ou menos cinema, com mais ou menos televisão, palavrão, inspiração. Podia ser uma anedota: três doidinhos por cinema entram num podcast e o primeiro diz. Só que é a sério, apesar de rir. Diz quem ouve que só rio assim, aqui. Até dá gosto, insistem. De facto gozava com todos aqueles músicos que de forma constante repetem a lengalenga de que em cima do palco é que se sentem vivos, mas de facto é isso, neste meu palcozinho. Por isso, e desculpem tamanha seriedade, agradecer aos meus dois compinchas da luta, a amizade, o cinema e as gargalhadas. A todos os que continuam a ouvir, interagir e partilhar. E por último aos meus pais, que me ensinaram a ver, procurar e respirar o cinema. Pronto, e agora fade para o Perfidia, que é tempo de celebrar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Caminhos do Cinema Português - Maria Rita

Cartas de Guerra, casa cheia no Caminhos. Mentirinha, às mosquitas. O que se compreende uma vez que é nao é o único...ah é é....então é porque depois há muitas oportunidades para...ah também não há...se calhar é a puta da Marvel e pronto. O som viciante das pipocas, há quem não viva sem isso, até cair para dentro do balde. Seja como for, fotografia maravilhosa. É o primeiro arrebatamento, logo, queixo a rolar até à fila Z. De um cuidado e primor artesanal, da procura de significado naqueles grandes planos ou nos buracos. Pincelando tudo, as cartas que António escreveu à esposa. Poemas igualmente extraordinários, de saudade e sanidade, de mestria para nos tirar dali. E é isto, o filme fecha-se nesta mecânica, para o bem e para o mal. Sem rasgos, viragens, conclusões. Falta atrevimento, falta quiçá um certo colorido nas personagens e seus desfechos, falta portanto tabu.

O resgate do soldado Taken

A minha grande questão Scorsese, é se tu alguma vez viste um filme do Andrew Garfield. Se calhar agora já, com a garrafa de tinto e as lágrimas a colarem ao ranho. Tem de se fazer o trabalho de casa velho amigo, um cavalheiro que pratica um acting como o de Homem-Aranha 2 outra vez a vingança da EDP, não pode, NUNCA, entrar num filme teu. Agora é rezar, e com força.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Caminhos do Cinema Português - Sobe o calor

Não subiu calor algum. Estava a chover, frio nos pés. Mas nada disso tira a pinta de um arranque lá em cima, com a melhor vista do mundo sobre Coimbra. Atrasos (a)normais de gala, feedback nas orelhas e lá vamos. Curta Banho de Paragem, produto do 5º curso de Cinemalogia, também a cargo do festival, apesar de muito apressada e pouco fluída, revela algumas boas ideias. Especialmente o final, o enquadramento final. A seguir #Lingo, uma curta de animação sobre o poder das redes sociais, bem desenhada - muitíssimo bem desenhada - mas demasiado evidente, especialmente na tragédia. Eu sei que é trágica a ausência do presente, todos sabemos daí talvez precisarmos de outros avisos. Apesar de tudo positivo, é fodido fazer cinema e as curtas são esse esgar desesperado que eu tanto admiro. Depois a cereja do título, sobe o calor, música de Sérgio Godinho que dá o mote para Refrigerantes e Canções de Amor, ou como os outros lhe chamam, o filme do Markl. Escrito por ele, realizado por Luís Galvão Teles, conta a história de um coração partido que faz músicas para anúncios de refrigerantes e que se apaixona por uma dinossaura cor de rosa. E é em larga escala que começo, despachando, não o extinto, mas o vivo elefante: o filme mostrou-se todo nos trailers! Vendeu-se do início ao fim na promoção, todas as cartas, como se fosse preciso apregoar diferença e irreverência. Não é, deixem-nos chegar lá, deixem-nos também participar convosco. Toda a narrativa sofre, numas áreas mais que outras, deste escancaramento. Por exemplo, precisamos de ter um motivo para ela não querer sair do fato? Temos de ter razões para as nossas carapaças? Demasiado foco em mostrar e não tanto em fazer, em deixar ser, o que cria falta de ligação e fluidez, especialmente entre os dois grandes antagonistas, as duas grandes linhas. Mas, mas, é uma comédia bem disposta, com canções do caraças e que faz uma coisa difícil: não ofende. Não nos leva na brejeirice e piada fácil, do mecânico, do arroto, e dos virados do avesso. É levezita, com centenas de referências porreiras, alguns momentos muito bem conseguidos - o diálogo do hitman é um deles - e depois um supermercado como cenário. Só aí, para mim, é uma estrela. Moral da história: que fossem todos assim. E que um gajo saísse sempre de alma quente a trautear a melodia.

sábado, 19 de novembro de 2016

If you must blink, do it now

Os primeiros 20 minutos de Kubo and the Two Strings são das coisas mais fantásticas que vi em cinema nos últimos anos. Não apenas o cénico, o belíssimo e inacreditável, como a rapidez com que nos encerram nesse mesmo cenário, sem truques nem lições. Damos por nós a navegar a cabeça ao som das cordas. Depois, animação de lado, é a fantasia perdida, desde os tempos de The Princess Bride ou Willow, onde se parte à aventura crescendo e acrescentando. Onde se vivem os espaços e peripécias. Até à união, até a uma despedida que é um bonito até já.  

Como fugir para as montanhas

O casting para este novo infinito da Star Wars deve acontecer com regularidade nas Caves Aliança. Só isso explica. A Daisy Ridley pronto, voltar ao zero, carinha fresca, tudo bem, engulo, já a precisar dum strepfen, mas engulo. Depois Felicity Jones, e aqui já dói. Foda-se, com tanta mas tanta gente foram buscar este pãozinho sem sal que não anda nem desanda. É bonita é e é também, ah não, é só bonita. Saltamos o Diego Luna para evitar o refluxo gástrico e partimos para a bomba do dia. Como não fosse mau o suficiente uma prequela do Han Solo, quando ele era stripper num clube noturno em Naboo, adicionam a rainha da pastelhice, a rebenta mitologias - rest in peace terminator - nada mais nada menos que Emilia vai fazer outra coisa Clarke. Citando o Luke: NOOOOOOOOOOO!

Versatilidade

É tipo A Lista de Schindler conhece O Rei Leão. Mas não é desta maravilhosa história verídica que vos venho falar, é sim do Daniel Bruhl. Epá, eu sei que ele é meio alemão, mas tem sempre de fazer de mau nazi? Não chegou a dose que a Shosanna lhe deu na tromba? Há malta que não se cansa de apanhar.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A chegada

Eu sei que estão em pulguinhas para ler o textinho que se segue, mas se não viram o Arrival - não é o The Arrival do Charlie Sheen, é o outro - então vão ter de sair está bem? Vou abrir o livro, pôr a boca no trombone. E começar pela questão chave de um Villeneuve não ser sempre um Villeneuve, não só pelos géneros - que mudam - mas pelo modo como os desenrola, ou os interpreta. Claro, que o factor guita, cheta, money, impera e este é, até à hora, o seu blockbuster. Por isso, talvez, seja o seu filme mais imediato, mais explicado, mais didáctico. Não era preciso. A história é tão bonita e tão cheia de sonhos, que esses próprios devaneios faziam grande parte do trabalho. Porque de facto, a fotografia, continua a ser única e cheia de espaços, continuam a existir momentos, onde se pára. Como a chegada à nave, com o canário, passo a passo. Respira-se. Tão bom. A linguagem a desenhar cada frame. Íntimo, nada a ver com os aliens, a fazer lembrar aquelas últimas coisas do género vizinho, como The Babadook, ou do mesmo género, como Gravity. Os monstros, as naves, são veículos, são figuras e representações para o luto, para a dor, para as relações. Ouvi, num dos muitos vídeos explicativos de um fã, que a conclusão e decisão final dela, é que apesar da doença, da perda, todos os momentos que viverão, fazem com que a chegada seja sempre muito mais importante que a partida. Para além de um filme único, é um filme de cada um.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Quase que conseguiam

Outra coisa. Um bocado mais chata. Por alma de quem é que estrearam o A Monster Calls sem dizer nada a ninguém? As palermadas lá do outro médico que é estranho, ou dos monstrinhos fora do prazo do tio Potas, isso é que é para mamar. Ou até o Palmeiras na Neve, que teve mais destaque. Este mais um bocadinho era projectado à entrada, na parede, com um projector BenQ de 150 euros. Ainda para mais, cereja das cerejas, traduziram para Sete Minutos Depois da Meia-Noite. A monster, sete minutos, calls, depois da meia noite. Foda-se, assim não.

Milhares

O título parece uma das grandes produções futuras das Nalgas. Palmeiras na Neve. Lixado não rir. E o pior, é que se quiserem continuar de carantonha batem de frente com a frase do poster. É que este maroto é baseado não numa, não em duas, não em três, não em dez, mas sim em milhares de histórias verídicas. Desculpem lá.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O nosso triste final

Uma vez disse que Two Lovers tinha o final feliz mais triste de sempre. Café Society termina na mesma inevitabilidade, só que em suspenso. Passando a função digestiva para o lado de cá. Virando as costas e dizendo: agora amanhem-se. Com a tristeza, claro.

Se alguém já tiver patenteado esta, peço desculpa

Descobri ontem que, depois deste Logan, está já programado um reboot/remake/sequela da personagem mas desta feita só com gajas.Vai-se chamar: Vulvarine. Tambores e...saída de cena.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Contrapasso

O frenesim. Em qualquer recanto as questões, as teorias, os debates, as arrelias. Tão, ou mais que o próprio conteúdo, reflexo deste transmedia sem pontas, que recebe e bebe de todas as fontes sem nunca desaguar. A experiência é tão ou mais viva do lado de cá e quem escreve tem de estar a par, ou melhor, tem de estar à frente. É injusto, eu sei, mas têm um mundo à sua disposição, e aqui em Westworld têm outra coisa, muito bem dissecada num dos mil artigos onde lambuzei a vista: o tempo. Têm o tempo, porque lá o tempo não existe, não é dimensão. É cenário, para cruzamentos, como se os Observadores de Fringe fossemos nós, a pescar dali e daqui. Sem envelhecer, e se não envelhecemos, como nos distinguimos de quem não pulsa? Infinitas possibilidades numa série, de oitos e oitentas, com altos valores de produção - maravilhosos mesmo - mas que se deslumbra com o íntimo, com a nudez e as palavras, os diálogos de pôr à prova, um fechado laboratório ou um campo aberto. Eu diria que estamos perante o novo Galactica, e isto sem bater de imediato na boca. Seja o que for, não é em qualquer mundo que Ed Harris e Anthony Hopkins se sentam à mesa, com o relógio parado, e começam a falar. 

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

À procura de uma sequela

- Pai, posso ver o dois do Nemo?
- O dois?
- Sim, o segundo, quando eles vão à procura da Dory.
- Mas não existe segundo, é só um.
- Eu vi a apresentação.
- Devia ser do primeiro.
- Acho que não.
- Eu acho que sim.
[Silêncio estranho]
- Podemos é ver o dois do Terminator.
- Já vimos esse tanta vez, não pode ser o três?
- O três?

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Até lá cabe o Neymar




O novo Xander Cage, para além de novo trailer, tem um conjunto de novos posters onde apresenta as suas intrincadas personagens. O Tony Jaa também entra e faz de Talon, para emagrecer os inimigos à bofetada. Ah, ah, ah. Não foi má de todo. A ressalva aqui é que temos quatro chavalas (uma nerd, duas da porrada - em que uma deve ser a má - e uma mais velha que deve ser chefe) e nenhuma delas está a apontar a peida ao leitor. Mas que mau design de poster é este afinal?