Aquele primeiro (e fabuloso) trailer já nos tinha deixado desnorteados. Boots-boots-boots-boots-movin' up and down again. E essa mestria, em localizar mas não expor, transpôs-se para uma experiência cinemática que nos apanha de facto na curva: uma história de família, fechadinha, na transição e crescimento do protagonista, que por acaso existe num espaço em quarentena, infetado. Mão firme no que se quer contar, no que se quer mostrar, no encontro renascido do verde Garland com o punk Boyle. Lindo de morrer, gore até dizer farta, tudo parece novo, por descobrir. Talvez o terceiro acto merecesse mais espaço - mais Ralph Fiennes laranja - e o final - igualmente laranja (mecânica) - outro tipo de tratamento, mas são pequenas coxas num festim que nos vai encher a mesa durante os próximos tempos. Bela surpresa.
Sem comentários:
Enviar um comentário