Lobisomens do Século XXI - Werewolves
Quando saiu o primeiro The Purge não fiquei fã. Pareceu-me escuro, fechado, repetitivo. Até me vou citar a mim próprio só por causa das coisas:
"Conhecem aquele momento em que alguém está quase quase a falecer e mesmo no último instante algo acontece. Pois bem The Purge é isto vezes 30, do início ao fim (...) (Miguel Ferreira, 2013)"
A crítica continua. Fui bruto na altura. Muito bruto. Mas isto para dizer que as vezes uma obra não nos encanta logo mas temos de sempre de a calcular na grande ordem dos tabuleiros futuros. Como se o resto do mapa estivesse ainda escuro, por explorar. A purga cresceu, expandiu a sua mitologia, veio o Anarchy e o Election Year, óptimos jogos de possibilidades, levando a fuga para a rua, crescendo do povo para as esferas do poder, e mantendo o seu protagonista: o meu querido Frank Grillo. É por ele que vos estou a espetar este secão sobre a saga The Purge - que depois arriscou numa prequela e numa incursão mexicana que preferimos esquecer - uma vez que este meninão entra numa espécie de purga com lobisomens, intitulada Werewolves: uma vez por ano, uma super lua transforma qualquer transeunte num cruel lobisomem. Por isso, de um lado temos a população a fechar-se, bem mas bem, em casa durante essa noite e depois temos o Grillo que para além de ser ex-militar - óbvio - é também microbiológo - twist - a tentar resolver esta embrulhada. A narrativa é previsível, os lobisomens são meio farsolas e espetam-nos com lens flare minuto sim minuto sim. Porém, gosto de pensar neste filme como um laboratório de uma mitologia que poderá crescer e explorar todos esses jardins proibidos da licantropia.
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