Vi, numa crítica. Esquisito, referenciarmos críticas de cinema que vimos e não lemos. Ouvimos e não folheamos. Se bem que existem verdadeiros artistas e o espaço é bem largo. Nesses bons sons esta senhora que explica a sua visão. No vídeo, entre outras coisas, um dos pontos que gostaria aqui de elencar: Mother! é um filme de terror. Não se enganem com as lérias de thriller, drama, suspense, não, é do início ao fim, do osso à carne, horror. Nos tempos, na luz, na tensão e na claustrofobia. Horror como só o horror visceral, da incompreensão sabe ser. Aí o segundo tópico, na cauda do anterior: Jennifer Lawrence numa interpretação angustiante, com o seu corpo desorientado, volante da câmara, entre uma divisão e outra, a sufocar, a sufocar. Entrega épica da jovem atriz. E assim chegamos ao terceiro vértice, que nos enuncia simplicidade. É obra para conversas, debates, imperiais e amendoins, essas coisas que nos fazem sair de cabeça levantada. Mas é, em simultâneo, um filme claro na sua mensagem, no seu próprio labirinto. Nunca se desequilibra ou transborda, um caos fiel a ele mesmo. Não se enganem com as balelas de uma anarquia de imagens, do desconexo, do fragmentado. Está lá tudo, a experiência, o terror, a mãe e o filme, está lá um belíssimo filme.
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