quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

À deriva


É muito difícil explicar mas muito fácil distinguir. Emprestar o físico e ser o físico. São duas coisas diferentes e normalmente caímos na primeira, no gordinho que virou magrinho, ou na bonitinha que virou demónio, gorda sebosa, que trabalho incrível. Isto é o circo. Depois há Natalie Portman que é, ela é, com uma sobriedade arrepiante onde se ouve o todo. A fragilidade e anestesia. A anestesia, talvez a grande conquista do filme: levar-nos sem rumo para aquele flutuar e concluir com Jackie que aquela dormência, há muito que tinha acordado. 

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