Para o bem comum, não é (de novo) uma história de origem. Já tivemos de mamar com o tio Ben a morrer 329 vezes, mais uma dose de Clark na quinta podia de facto originar traumas "dia da marmota" irreversíveis. Assim é apanhar o voo, em andamento, naquele que é o Super-Homem mais falível, empático e humano de que me lembro. Esse triângulo Kent-Lane-Luthor, casa das emoções viscerais - sejam de amor ou puro ódio - é fantástico e onde o filme de facto respira. Veja-se a cena de diálogo do punk rock. Que se alia a uma voz, crítica feroz, descarada e corajosa dos nossos dias, chamando os macacos pelos nomes. O meu maior problema com esta aventura é - talvez por ser uma introdução de um reimaginado DCU - termos de percorrer um cortejo interminável de personagens, que fariam sentido numa lógica televisiva mas que aqui apenas desviam o foco do mais importante. Veja-se o pouquíssimo tempo de antena dado aos pais adotivos. Falta uma espinha dorsal. Porém esse lado falhado e gelatinoso também lhe confere um certo charme e levou-me para clássicos como Ghostbusters II, E esse sorriso na cara já ninguém me tira.
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