terça-feira, 18 de maio de 2021

Bem Aja

Gosto muito de trocadilhar com o nome deste moço. Mas também gosto dos filmes dele. Pouco daquele Louis Drax e muito do (ainda fresquinho) Crawl. Este Oxygène vem na senda de "pessoas estão fechadas em caixões" que constitui um subgénero dentro do bloco "pessoas que estão fechadas num espaço apertado (que pode não ser um caixão) e que fazem alguns telefonemas". Buried, Locke, são bons exemplos de um exercício que joga sempre em duas frentes, a claustrofobia, aflição, contrarrelógio, por um lado; e a suposição/construção de um mundo exterior, por outro. Aja equilibra estas varas com mestria numa corda seguríssima chamada Melánie Laurent. Para além do visual e do mergulho na ficção científica, o mais interessante é que acabamos por ter dois elementos - realizador e sua protagonista - a salvarem-se da mesma forma: através do diálogo.

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