Ao dividir o filme em actos, ou atos - para estarmos de acordo - estou automaticamente a digievoluir para aparente crítico pimpão de cinema nível 7. Parabéns a mim próprio por este feito. Passando para Tomorrowland e para o aparente problema dos filmes originais: eles não são originais. É tudo papelão reciclado, que chega mesmo a cheirar a merda. Ah se dizem que o público quer coisas novas então porque é que Jupiter Ascending não vendeu? Não vendeu porque é igual ao Matrix. Ou melhor, a ideia geral não disfarça a colagem cuspida de uma série de conceitos regurgitados por uma coruja gigante que já comeu muito rato. E nós já vimos. Roubar mas transformar, não podemos deixar a inércia preguiçosa à mostra: olhem estes sucessos que roubámos e agora mudámos a forma das orelhas. Não. Tomorrowland não é assim tão mole nem tão replicado de velhos conceitos. O primeiro e o segundo atos conseguem de facto inspirar o mais blindado dos fãs, desde o pin transportador até ao segredo (inacreditável) da Torre Eiffel, não existem grandes barreiras para o sonho. Porém, quando se volta ao chão, percebemos que no espaço ficou o argumento e aí entramos numa senda pateta, apressada e desconexa, para terminar rapidamente com a mensagem pretendida. É o didáctico momento Disney, para aqui as anémonas conseguirem perceber, bem desenhado nas nossas testas: temos de salvar o planeta, esta utopia é o futuro, tenham esperança. É uma pena Bird, não tiveste patinhas para terminar, ainda assim levas uma beijoca pelo esforço. E se puderes envia-me um pin ok? Cenas minhas.
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