Confesso defensor da larga escala, e da necessidade de grandes eventos como Gone Girl e Interstellar, não posso deixar de me render ao outro lado. A este pequeno culto que se cria nos festivais, e acima de tudo, aqui. No passa palavra, como se a tecnologia fosse de novo o pátio da escola, o quintal, a troca de cromos. Bunker solitário, construído por todos, que nos protege e aquece. Coherence, The Babadook e agora Predestination. O expoente máximo. Se Los cronocrímenes já se arrumava pequenino como clássico time travel - um dos meus favoritos - o filme dos irmãos Spierig estica ainda mais a corda. Fechado mas universal, do nascimento à morte, da vida às suas construções, é possivelmente um dos exercícios mais arrojados e competentes que a ficção científica conheceu em anos. Um loop delirante, uma lição - por exemplo para ti Looper. Pequena semente, que não cresce noutro lado, cresce connosco.
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