Irónico. Um descrente num filme de fé. Mas a verdade é que não dava um chavelho por A Vida de Pi. Algo me empurrava constantemente para trás, que nem bicho preconceituoso. Daí, bofetada, claro está, para não ser maniento. Magnífico filme. Lee não se esqueceu dele mas, mais importante, não se esqueceu de como se conta uma história. Pondo nela o que quiser - líndissima fotografia - não desenraíza dos príncipios mais básicos do entretenimento, nós. Espectadores. Não se esqueceu dos catraios, que embarcam na viagem, sedentos do mar. Sedentos de serem esprimidos e derrotados, para poder viver de novo. Tim Burton, um dia, quase que me acertou, quando o filho percebeu a história que tinha de contar. Ang Lee ganhou-me na partida quando me perguntou qual das histórias era a minha preferida.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
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4 comentários:
"Irónico. Um descrente num filme de fé. Mas a verdade é que não dava um chavelho por A Vida de Pi. Algo me empurrava constantemente para trás, que nem bicho preconceituoso. Daí, bofetada, claro está, para não ser maniento. "
Este paragrafo deixa-me perturbada
Acabei de adicionar sua página aos meus favoritos. Eu gosto de ler seus posts. Obrigado!
Este 3,14 nao me convenceu, apesar da fotografia explendorosa. Giro mas nao brilhante. Tratar de assuntos de fé é sempre complicado, esta abordagem siddarthiana é gira mas nao mais que isso. Faltou-lhe sentimento, na minha opinião. O grande peixe era melhor nessa parte do sentimento :) Mas o que seria do amarelo se gostássemos todos do mesmo? Nuno Rechena
Mais um convertido! Fico satisfeito. Independentemente do juízo de valor, acho que é um filme pertinente, especialmente neste ano em que os prémios decidem escolher este filme - também poderia estar a falar de Beasts ou Amour - no meio de filmes com forte tendência política (ZDT, Lincoln, Argo) e a mediocridade emocional habitual (Les Mis, Argo).
Ang Lee não engana. Ah ah.
Abraço!
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