Take Shelter consegue a proeza de não ser o estudo; é a própria matéria. É o medo. A paranóia, a loucura, com o som a ir e vir, mais pesado, mais íntimo. Shannon é essa ilha, essa magnífica bomba relógio que nos agarra naquele seu deserto. Desde os silêncios aos gritos proféticos. E se os ecos ficam como picadas, o final não satisfaz. Escolheram as duas saídas, uma em cima da outra, para agradar a gregos e troianos, comprando aquilo que nunca antes ali habitara: o seguro. Ficamos assim a uns desnecessários centímetros de uma obra-prima.terça-feira, 6 de março de 2012
Uma ilha chamada Michael Shannon
Take Shelter consegue a proeza de não ser o estudo; é a própria matéria. É o medo. A paranóia, a loucura, com o som a ir e vir, mais pesado, mais íntimo. Shannon é essa ilha, essa magnífica bomba relógio que nos agarra naquele seu deserto. Desde os silêncios aos gritos proféticos. E se os ecos ficam como picadas, o final não satisfaz. Escolheram as duas saídas, uma em cima da outra, para agradar a gregos e troianos, comprando aquilo que nunca antes ali habitara: o seguro. Ficamos assim a uns desnecessários centímetros de uma obra-prima.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
We can live like Jack and Sally if we want Where you can always find me And we'll have Halloween on Christmas And in the night, we'l...
-
Vindo de Marte, Miguel aterra na selva indiana para uma semana de descanso em cuecas. Rapidamente percebe que as panteras, os ursos, os lobo...
1 comentário:
Escassos mesmo. O trabalho do actor fez-me de certa forma lembrar o shining, pela forma como se vai deteriorando aquela mente, mais apaixonante ainda por eu ser psicólogo e aquilo me soar tudo tão bem. Quanto ao final...confesso que gostei do final duplo, do esvaziar do balão inicial para depois encher outra vez full throtle. Talvez previsível mas ainda assim delicioso. Gostei muito deste filme, a par do drive e do we need to talk about kevin possivlemente os filmes mais injusticados destes Óscares. Este para melhor actor e o outro para melhor actriz. O drive era para tudinho mesmo ;)
Nuno Rechena
Enviar um comentário