segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Super desinteressante

Antes de mais acho lamentável a TVI não ter passado um único anúncio de telefonemas eróticos durante os 700 intervalos que assistimos. Lembraram-se de passar publicidade a filmes e dvd's, mas isto cabe na cabeça de quem?

Em relação aos comentadores, continuo sem perceber como é que com tanto tempo de preparação ainda há tempo para se enrolarem e se trocarem. É uma vez no ano, não é pedir muito que a lição esteja bem estudada.

Passando à cerimónia em si, se não foi a pior que já assisti, anda mesmo muito lá perto. Franco e Hathaway ofereceram uma prestação estranha e desequilibrada, onde a contenção risonha dele era compensada pelo constante overacting dela. Sem timing, sem piada, sem estofo. Nem a sequência inicial - a fazer lembrar os bons velhos tempos do Billy Crystal - salvou os dois anfitriões. Depois veio Kirk Douglas, que rapidamente passou de engraçado a bizarro. E a seguir? A seguir a Melissa Leo disse um palavrão, cantaram-se umas canções, check, check, check, adormeci um bocadinho e mais check, check, check, o que se estava à espera. Discursos sem emoção, repetitivos até à sétima casa, com excepção para Charles Ferguson, de Inside Job, que ofereceu a única frase interessante da noite. Outro pormenor perturbador, referido aqui por Vasco Câmara, foi o facto de as dez películas nomeadas a Melhor Filme terem sido apresentadas ao som de O Discurso do Rei.

O que mais me surpreende (e assusta) no meio de tudo isto é o facto de a indústria mais poderosa do entretenimento não conseguir, durante umas meras três horinhas, entreter.
O rei ganhou. E meu amigos: ele vai completamente nu.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Liga 6777009, em todo o santo intervalo

A grande questão não é quem irá vencer o Oscar de Melhor filme mas sim: que anúncios pseudo pornográficos do género mi liga irá a TVI oferecer esta noite? Ansioso.

Só agora é que me apercebi

Pelo 14º ano consecutivo, a TVI vai transmitir, em directo, mais uma grande noite dedicada à Sétima Arte. (...) Maria João Rosa estará em directo de Los Angeles com todas as novidades e em estúdio para fazer os comentários desta cerimónia estarão Vítor Moura e José Vieira Mendes.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Bom fim-de-semana

Sequelas sem jeitinho nenhum (3)

Vi o primeiro, que já não é original mas sim uma actualização de Dangerous Liaisons. Vi o primeiro e pronto, tem lá aquele beijo lésbico, uma catrefada de miúdos promessa e pouco mais. Agora o grande twist de toda a esta história é que não fiquei pelo número um. Não me perguntem nem como, nem porquê mas a verdade é que já vi o número três. Falta-me então apenas o segundo tomo - que é uma prequela - para completar este abraço a esta ambiciosa trilogia.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Best Picture Cheat Sheet

Muito útil. E dá para rir um pouco. Aqui.

É já domingo

Os 82 vencedores, do pior ao melhor

Certezas de Inverno

Assim como The King's Speech não é Colin Firth, é Geoffrey Rush, Winter's Bone não é Jennifer Lawrence, é John Hawkes.

Mais uma destas e fico fã

Nunca fui grande fã do Russel Crowe mas a verdade é que ele aparece no melhor thriller de 2009 e agora no melhor thriller de 2010, que só vimos em 2011. Falo respectivamente de State of Play e The Next Three Days. Este último, um absoluto esquecido desta cerimónia dos Oscars, é uma abordagem intimista e profunda do desespero e do que podemos fazer com ele, no limite. Paul Haggis cozinha a narrativa no tempo certo, para sentirmos o desconforto, aos poucos, até ao clímax final. Nunca fui grande fã do Russel Crowe mas aquela cena em que ele parte acidentalmente a chave na fechadura valia por si só qualquer e alguma estatueta.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Take 26

Já venho atrasado eu sei, mas é sempre preciso tempo para se pensar/gritar/escrever aquilo que se gosta. Muito. E a Take é um crónico caso de amor. Uma tempestade de paixão e dedicação que invadiu este pequeno amante, deu-lhe voz e ofereceu-lhe a oportunidade de ir mais além. Três anos já passaram e não deixa de ser surpreendente a vontade, a força sempre crescente. A sinceridade de um grupo que faz aquilo que mais gosta, que abre o coração e mês após mês oferece os seus melhores e mais esforçados frames. A todos eles, e com especial destaque para os incansáveis Miguel Reis e José Soares, o meu sincero obrigado. É com enorme orgulho que faço parte desta tripulação. E que venham mais três!

O Machete que se cuide

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dia 13

Gosto mais do poster do que do filme. Gosto mais da Evan Rachel Wood do que da Nikki Reed. Gosto mais da Holly Hunter de antes do que da Holly Hunter de agora. Gosto mais (mas muito mais) do dia 13 do que do dia 14.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Peace was never an option

X-Men:First Class oferece um trailer soberbo, muito, mas muito acima de qualquer martelo ou qualquer escudo. Ou muito me engano ou este novo início assegura aquela velha máxima dos seus antecessores: para a Marvel resultar, um mutante tens de filmar.

Nota (ii)

O trailer de The Beaver não é um trailer. É o filme todo resumido em dois minutos e meio. Por isso avancem com precaução.

Nota

O Dirty Dancing é muito mau. Mas a música dos Black Eyed Peas consegue ser ainda pior. Como é que é possível?!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O depois da rede social

No fundo Catfish é a consequência de The Social Network. Um existe por causa do outro, daquele outro que teve uma ideia. E se a história é grande, enorme, recheada de prémios, o que ficou são fragmentos de vidas, pequeninas, bizarras, destruídas.

Catfish vence aí, no grito; na reflexão do que são estas modernas formas de comunicar, ser e estar. Incomodativo. Imperdível.

Subúrbios


Scenes from the Suburbs

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dia 6

Eu sabia que havia uma reviravolta. Tinha lido no Y da altura, numa pequena crítica, com esta mesma imagem. O título até reforçava essa mesma ideia: let´s do the twist. Passei então todo o filme em alerta máximo, armado em esperto e fanfarrão - era novo eu - para chegar ao final e levar uma bofetada como todos os outros espectadores. Toma lá que é para aprenderes.

Eu e o tambor

Há sempre filmes muito maus, que sob o efeito hipnotizante do sofá, se deixam rever, uma e outra vez. Um desses meus segredos dá pelo nome de Drumline. Tem o actor mais em overacting que eu alguma vez vi, a Zoe Saldana sem maquilhagem e o Orlando Jones em piloto automático. Tirando isso, acho piada ao facto das bandas desempatarem com a linha do tambor. E pronto, lá vejo de novo.

Preparativos para a chegada da Miss Fevereiro.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sinceridade

E se os posters dos nomeados para o Óscar de Melhor Filme fossem sinceros? O resultado pode ser visto aqui, e aqui, em baixo, ficam os meus favoritos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tripla vitória?

Thomas McCarthy - um pouco à semelhança de Alexander Payne - consegue filmar o desconforto cómico (da vida) como ninguém. Aqueles verdadeiros falhados, cheios de amargura, dos pés à cabeça. É capaz de retratá-los no quotidiano e colorir as suas pequenas vitórias, sem nunca ser verdadeiramente feliz, mas sem nunca cair no trágico. Foi assim com os seus dois, únicos e incríveis, filmes: The Station Agent e The Visitor. Agora chega-no o primeiro trailer do seu mais recente Win Win. E pelo que vejo, é caso para dizer que não há duas sem três.

Dia da marmota

Tenho um amigo que é azulinho e que hoje, antes do jogo, disse o seguinte:

"Não fosse o Porto ir espetar mais 5 secos ao benfas, já tinha filme para ver hoje. Podia ser que amanhã acordasse outra vez no dia 2. Afinal de contas, hoje é dia da marmota."

O Benfica ganhou 0-2.

Feliz dia da marmota Soeiro.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Em relação ao cor-de-rosa...

Ao filme, ao poster e ao trailer, tenho apenas uma coisa a dizer: Rose Byrne.

Assim chega Fevereiro

E com ele Exam, recomendação preciosa do Miguel. O filme é uma daquelas pérolas perdidas que deve ser achada por todos sem excepção. A prova viva de que se podem fazer saborosas omeletes com pouquíssimos ovos - quem escreveu e realizou o Devil devia aqui dar uma olhadela para aprender umas coisas. Um grupo de caras (praticamente) desconhecidas oferece um conjunto de interpretações sólidas, assentes num argumento inteligente e hipnotizante. Uma única sala consegue cativar mais do que mil cenários e isso, é factor mais do que suficiente para anotar o nome de Stuart Hazeldine aqui na agenda.