domingo, 30 de dezembro de 2007

2007

o filme:
o disco:

Feliz Ano Novo

Um dos meus grandes sonhos é acordar na manhã de dia 1, ir à varanda e estar lá o Tom Jones a cantar o It´s not unusual. Aí tudo dançava, desde os passarinhos, até às empregadas da limpeza, assim a deslizar e a entrar com alegria no novo ano. Como a minha vida não é um musical resta-me desejar a todos umas boas entradas e dizer que em 2008 cá estaremos. E se o Tim Burton acabou assim o Marte Ataca nós acabamos assim 2007.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Vamos lá animar

Estar lá


Estive aqui. Mas o aqui já não era este aqui. A estação de metro tinha sido remodelada e a magia do Steve Buscemi já lá não estava. Valeu o esforço.

Depois fui aqui e aqui sim, lá estava o senhor Oscar Wilde tal como na película, cheio de marcas de batom e declarações de amor. É bom tactear os filmes de que gostamos. Assim como é bom entrar na Shakespeare and Company à procura da Julie Delpy...

Um já está

Agora que já varremos o Natal para debaixo da alcatifa as atenções colam-se na contagem decrescente para o novo ano. Daí pus-me a pensar nos filmes que se passam neste instante e muito poucos me vêm à cabeça, ao contrário da interminável lista de fitas natalícias ( a maioria de qualidade duvidosa) que se fazem mostrar. Talvez por serem apenas dez segundos, um momento demasiado curto para toda uma temática girar à sua volta, ou talvez por eu ser demasiado novo com uma memória já demasiado velha. Perdemos com a sua raridade pois é uma imagem que cinematograficamente, quando bem orquestrada, resulta às mil maravilhas. Escolho então um filme já aqui falado e promovo-o a melhor filme passagem de ano. Abram o champanhe.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Mensagem (e último post sobre o Natal)

A do ano passado aqui.

Cenas de dança - 2

Chegamos à Disney e à dança entre a Bela e o Monstro. O meu filme de animação favorito continua a ser A Pequena Sereia, história, personagens, música, penso que nunca mais se fez nada assim. Este veio logo a seguir, e apesar de o considerar inferior é um filme fantástico que me recorda os bons velhos tempos em que uma vez por ano lá tínhamos o filme certo, esperado com ansiedade e que fazia as delícias de um público rendido ao desenho animado. Hoje em dia são toneladas de produtos, avalanches de bonecada que entopem os cinemas, sendo cada vez menos os que realmente valem a pena. Bem chega de conversas, vamos recordar o que é bom.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Carta ao Pai Natal

Escrevo-te finalmente velhote. Daqui, do passado escritório que cheira a madeira e a pó. De onde já não alcanço os problemas nem cresço mais do que o permitido, apenas para te dizer que este Natal quero:
- entrar no clube de combate
- dar um pulo à Terra Média
- uma Flecha de Fogo
- um ou dois sabres de luz
- ser o Keyser Soze
- dizer yippie-kay-yay
- um cão chamado Indiana
- um saco de plástico a esvoaçar ao vento
- ser o John Malkovich
- fugir de Shawshank
- assaltar o Bellagio
- matar o Bill
- pôr a Máscara
- ficar sozinho em casa
- resgatar o soldado Ryan
- regressar ao futuro
- comer um chocolatinho na fábrica do Charlie
- subir as escadas atrás do Rocky
- passar pelas pontes de Madison County
- dar um beijo à Catwoman
- conhecer a Laura Palmer
- e acabar o dia em Manhattan
Para o ano, por esta altura, volto a escrever.
Um abraço

Feliz Natal

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

That´s easy


Três motivos para forrar a parede do blogue com este poster:
- É um dos meus filmes de eleição, de juventude e de todas as outras alturas do ano.
- É um desenho simples e bonito.
- Não me recordo de ter visto num poster um diálogo do próprio filme.

E depois a música, quarto motivo escondido e talvez demasiado evidente. Vê-la e ouvi-la noutros contornos aqui e aqui.

Cenas de dança - 3

Tive de ver esta cena às escondidas, com um VHS emprestado, com o filme gravado, igualmente de surdina, pois a idade a isso obrigava. Aqui não há grande história mas ficou na história. Sharon Stone no seu auge, largando sexo por todos os poros e reformulando o conceito de mulher fatal. Actualizou-se um género e ficou esta dança de acasalamento numa discoteca, sinal dos tempos e de puros objectos de desejo que se deixam balançar até serem caçados.Ou será ao contrário?

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A foto

Qual é o filme?

Primeiro e último


E sai um desafio quentinho. Primeiro e último filme que viram num cinema.

Primeiro : Olha quem fala. Bem decerto não foi mesmo mesmo o primeiro, (lembro-me vagamente de um Taran e o Caldeirão Mágico) mas escrevi oficialmente na memória que sim. Acontecimento, não só pela estreia mas também pela inauguração do novo, agora velho, auditório municipal, sem dúvida um marco para mim. Hoje não é novidade mas na altura foi uma verdadeira loucura esta história do bebé com a voz do Bruce Willis que se depara com uma Kirstie Alley desesperada e um John Travolta solto e jovial. Não é uma grande comédia e o que se seguiu era sem dúvida desnecessário, mas este é intocável na minha prateleira de guilty pleasures.

Último: Gangster Americano. Gosto bastante de ir ao cinema e sair de lá com a sensação de missão cumprida, que vi um bom filme. Foi exactamente isto que Gangster Americano me trouxe. Sim é um bom filme, cumpre tudo a que se propõe mas sem grandes rasgos imaginativos, quer na realização quer nas interpretações. Sim o Denzel Washington é um grande actor, mas isso já sabíamos. Falta uma cena que marque ou que fique na memória da história. Não há. Falta o que me faz sair do cinema com a sensação de que para além de ter cumprido a missão, ganhei a guerra.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

The infinite abyss

Pescam-se bons actores no mar das comédias

Pegando na cauda do post anterior queria falar de Superbad. Ou melhor de Michael Cera. Ele, para além de ser um grande actor de comédia, tem tudo para ser um grande actor em todas as outras casas, caindo-lhe que nem uma luva papeis de nerd, de freek, de esquisitóide ou esquisito...de pessoa normal (como Adam Sandler). Com uma aura alienada, Cera é o que de melhor existe na sua geração. O filme em si é divertido, bons actores, muita pedalada e toda a cena à volta do McLovin é sem dúvida deliciosa. Mas melhor que tudo isto é que está aqui um diamante, daqueles grandes. Agora é saber estimá-lo.
E Juno que nunca mais chega...

Embriagado de amor por este filme


Comprei recentemente o Punch Drunk Love por tuta e meia e foi das aquisições mais vantajosas e satisfatórias que fiz no mundo DVD. Sem exagerar tudo neste filme me deslumbrou. A começar pelo belíssimo poster, fantástica cena,belíssima capa que encerrava a obra. Aberta esta, arranca o início silencioso e quotidiano de câmara em carril, a deslizar de um lado para o outro enquanto nos orientamos na lógica do homem do fato azul, Adam Sandler. Nunca fui grande entusiasta das suas comédias mas aqui faz o chamado papelão, de cómico preso na amargura e na raiva dissimulada pela realidade envolvente, 7 irmãs, um trabalho sem piada, uma mulher que ele gosta e uma rede de chamadas eróticas que não o larga. Cada cena é uma fotografia e cada diálogo um rasgo do burlesco das relações e sentimentos. É nestes filmes, com personagens realmente estranhas, ou esquisitas se assim quiserem, que me vejo francamente reflectido,pois a vida, pelo menos a minha está carregada de peças e jarras, de tiques e manias, de comédias negras e de dramas cómicos. E um actor de comédia preso numa história assim, fez-me soltar valentes gargalhadas, coisa que não é fácil. De referir, bem ia falar nas cenas no supermercado e na música, mas depois vem tudo o resto e mais vale ver para crer. Passaram 90 minutos, o écran cai a negro e amanhã é dia de trabalho. O fato azul já está ali engomado e modéstia à parte, fica-me a matar.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Nomeação


A equipa do Créditos Finais felicita em primeiro lugar o Knoxville pela excelente iniciativa dos Globos de Prata. Mais do que uma escolha é uma reunião de pessoas que gostam do mesmo e que simplesmente falam disso nos seus dias e suas noites. O cinema, ao contrário do futebol está a perder o diálogo, existem já poucas lareiras onde se possam arder as opiniões que encerramos e guardamos para o espelho. O que se faz aqui, com enorme sinceridade, é apenas ir buscar uns troncos à garagem, juntarmo-nos com vocês e aquecer a alma. Aí surge a nomeação, que queremos desde já agradecer, é sem dúvida uma honra ver o nosso menino na fotografia.

E vamos continuar por cá.

Abraços do Miguel e do João

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Antes de adormecer



No baú

Cenas de dança - 4

Chegámos à quarta dança, a mais recente desta selecção. Vem de Little Miss Sunshine e é a performance do membro mais novo da família que fecha assim da melhor maneira um dos meus filmes favoritos. Não me alongando em elogios, já os fiz e faço-os sempre que a vida me lembra, digo apenas que além de uma actuação, com a deliciosa dedicatória ao avô no início, é uma redenção individual e uma união colectiva de pessoas como nós. E como eles, dá vontade de esquecer as esquisitices da vida e subir lá para cima. Uma maravilha.

domingo, 2 de dezembro de 2007

O lado bom

Sou contra a publicidade nos cinemas, principalmente em longas fatias e depois dos trailers, logo quando a pessoa pensa que está livre, pimba, os foguetes e as letrinhas em baixo a indicar que vamos ver um pouco de televisão. O bom disto tudo são dois ou três anúncios (e suas respectivas bandas sonoras) que não conhecia e que realmente são outra coisa quando vistos num grande écran:
- Pepsi, música Hey now now
- Fiat Brava, música Meravigliosa Creatura
- Walkman, este com música original e direito a aparecer aqui.





(o resto deixem para as pessoas e seus respectivos zappings, ou então passem no intervalo enquanto eu vou à casa de banho)

Cheira bem

O poster e o trailer já me tinham despertado o interesse mas é com estas novas imagens de promoção que me rendo e coloco na lista de prioridades cinematográficas este I Am Legend. Está realmente a apostar forte na publicidade e fá-lo dos modos mais criativos, deixando um pouco a suposta capital do mundo e preenchendo os cinemas com outras cidades entre elas, a nossa menina e moça. Se houvesse um filme catástrofe em Portugal (se houvesse dinheiro e/ou vontade) o aspecto do menino seria este:



Podem ver os restantes aqui.