segunda-feira, 11 de junho de 2007

Onde está o crime?


Para ver um filme, seja em casa ou no cinema, somos quase sempre presenteados pelo anúncio contra a pirataria, aquele em que um homem rouba uma mala, um carro, um dvd, aquele que uma rapariga está em casa e ao som de uma música repetitiva, doentia e irritante processa um download. É crime aparece em letras gritantes e dançantes, provocando sérias dores de cabeça por volta do vigésimo visionamento. Como grande amante de cinema que sou, e forte defensor do ritual de ir ao cinema, digo que crime deveria ser:

- pagar mais de 5 euros para ver um filme na maioria das salas do nosso país (não sou estudante, não tenho cartão jovem, sou o resto).

-filmes como Half Nelson e The Fountain estrearem em 2 ou 3 salas de Lisboa (continuo a ser o resto, que neste caso nem existe).

- séries de qualidade, respeitadas no país de origem serem vergonhosamente mal tratadas pelas televisões nacionais(e chegarem cá quase um ano depois, qualquer fiel seguidor não espera)


Isto sim, deveria ser crime. A pirataria por vezes é a única maneira de uma pessoa, não jovem, não estudante e não lisboeta, ver um bom filme ou uma boa série. Por isso retirem o anúncio e antes de se preocuparem com os crimes dos outros preocupem-se com os vossos, preocupem-se em não matar a sétima arte.

2 comentários:

Anónimo disse...

A Sétima Arte matas tu sempre que sacas um filme!! Tu não és um cinéfilo, és um pirata!

Créditos disse...

Caro anónimo

em altura alguma defendo a pirataria, disse apenas que por vezes é o último recurso para pessoas se encontram sem alternativas. Faz-se o quê?Deixamos de ver os filmes porque alguém prefere passar pipocadas e enfiar as obras que queremos ver em duas salas no país todo?
Não defendo isto, mas por vezes tenho ser pirata. Melhor, um cinéfilo pirata.
Cumprimentos.