sexta-feira, 11 de maio de 2007

A Sul dos eucaliptos


Rever Mulheres do Sul é sempre um regresso a casa.
Algures nos meus 9 anos, costumava esperar o meu avô na roulotte cheiro de eucalipto, vindo da cidade e da novidade. Trazia nas palavras mais uma sala de cinema(velhinho São Jorge).Desta feita falou-me de Fried Green Tomatoes, ( disse como os espanhóis fielmente traduziram Tomates Verdes Fritos) uma história bonita de mulheres que têm um café, com a frase na porta, contou-me. Mais tarde quando o provei, confirmei que realmente era de e não para mulheres e que acima de tudo era uma história, daquelas contadas com uma mestria rara, despindo um pulsar no ouvinte personagem e no ouvinte nós. Um odor que se consome pela magia de Jessica Tandy e pela intriga de um carro que sai de um rio. E sim escrevem o petisco na porta, no momento em que já somos do Sul e de todas as pequenas vidas que se deixam contar pelos carris do comboio. Quase que inalamos cada imagem e cada construção doce da amizade e companheirismo, do suor e do calor, de um conto que conta até ao inevitável ponto final.
Com sorriso na mão e peito aberto, seguro no dvd, e cheiro os eucaliptos.
É bom voltar a casa.

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