sábado, 5 de maio de 2007

Peter Parker sou eu


O que sempre me fascinou no Homem-Aranha foi, apesar de todos os apetrechos visuais, a simplicidade intimista com que a história era contada, uma forte empatia nascia e os problemas de vida que Peter Parker enfrentava eram espelho dos nossos próprios fantasmas. A frase pintada no poster indicava de novo para uma abordagem interior, The battle within, sim todos nós travámos amargas lutas e sabemos que as piores são aquelas em que o adversário somos nós mesmos. E é aí que o filme coxeia, ao contrário dos seus antecessores, não consegue manter a polegada forte que desenhava esta saga. Preenche a lacuna dos poucos e mal caracterizados mauzões e desta vez dá-nos logo três, três linhas distintas, mais o romance Mary Jane-Peter Parker, mais o lado negro, mais uma loura de curvas sinuosas, mais e mais.Está cheio o filme, e tem momentos incríveis, de acção(efeitos do mais fantástico que se faz por aí) e de comédia(delicioso quando ele tira areia dos sapatos), sempre com ritmo até ao final, perdendo apenas na personagem central e todas as suas angústias (pedia-se um lado negro muito mais escuro e não apenas um cabelo lambido). Gosto, mas já não me vejo aqui.
Fica aqui a fantástica canção dos Snow Patrol que mora na banda sonora do filme.

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