Boa sessão dupla com o Fátima. Apesar de eu preferir os terrores de João Canijo aos dissabores de Francis Lawrence. A cena de apresentação do Mark Hamill, o grande vilão do filme, trouxe-me logo aqueles arrepios passados de tarefeiro: atabalhoada, com grandes planos reveladores, sem inspiração ou tensão. O resto é infetado por um realizador que não tem uma única ideia de cinema, apostando tudo na violência gráfica e esquecendo a implementação de um mundo. Nada rodeia aquele conjunto de rapazes que são obrigados a caminhar uma vida inteira. Ficamos a navegar sem contexto, numa repetição constante de situações que ao fim da primeira hora já fecharam a caderneta das possibilidades. O duo de protagonistas é de facto bastante sólido, com carisma e vitalidade, caindo num final negro e ambíguo. Mas não chega para ferir e chegamos ao final da caminhada com os pezinhos do início, sem uma única bolha.
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
quarta-feira, 22 de outubro de 2025
A estranhar até ao fim
[SPOILERS] "Pode ser que o pior já tenha passado, copo meio cheio, sempre o copo meio cheio." Era assim que terminava a minha crónica ao Strangers: Chapter 1. De facto, aquele arranque comatoso deu lugar a um objeto muito mais bizarro e interessante. A trapalhice está lá mas com uma câmara aventurosa que não tem vergonha nenhuma de se embrulhar nos géneros e referências: desde o Halloween 2, com o início no hospital, passando pela sutura à First Blood no meio da floresta, até ao Rei Leão, num Pumba filha da puta e mau de matar. Ah, mas por que é que não referenciaste o Boar? Porque me apeteceu referenciar o Rei Leão ora essa. Vocês às vezes perguntam cada coisa. Concluindo, curva ascendente sossegada que consegue o mais difícil: marcar presença para o capítulo final.
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