- Nós chamamos-lhe (PAUSA DRAMÁTICA) O Texto.
- Wow, é quem são estas pessoas que nos estão a ler?
- Os antigos chamam-lhes (PAUSA DRAMÁTICA) Os Utilizadores de Internet.
Assim como havia algo de profundamente magnético naqueles longos planos de um gajo a pintar, no Twin Peaks de 2017 há algo de perversamente confortável na viagem mato adentro deste serial killer. Fez-me lembrar o A Ghost Story, na perspectiva inusitada e declarada de voyeur; de uma visão contemplativa e raramente contemplada. Aqui o outro lado, um Viver Mal dos slashers: seguimos, quase sempre na primeira pessoa Johnny, um monstro que acordou e iniciou a sua matança. Lá vai ele aos poucos nas florestas, nos bosques, nos lagos, nos pastos. De manhã, de tarde, de noite. Sempre à procura de alguém a quem possa infligir uma morte danada. Este virtuosismo do percurso e da montagem, acaba por diluir a tensão e expetativa tão necessárias no género. Transformando este In a Violent Nature num animal curioso mas em conflito consigo próprio.
Paul Mescal matou Pedro Pascal é o trava línguas cinematográfico do momento. Imensas crianças a brincar a isto nos recreios enquanto fazem aquelas combinações idiotas de palmas e carapau sardinha. Atenção ao dizer isto muito depressa. E atenção também a esta sequela com o filho da Connie Nielsen, que deve ir vingar o Russell Crowe (fantasma da força?) e fazer festinhas no feno como não se houvesse amanhã.