quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Praias sem bandeira azul


Fui para o filme logo de pé atrás. Então mas vou ver uma obra que não teve nenhuma standing ovation em Veneza? É que já nem é se teve, é se teve mais do que 4 minutos. 8,3 no IMDb mas 2 minutos de standing ovation, só? Mas ando aqui a perder o meu tempo ou quê?* Exceção porque é o tio Shyamalan. Siga. Ao entrar, toalha, guarda sol, e nada de All Saints, um filme de praia sem All Saints? Mau. A partir daí é um descontrolo narrativo completo, como se o realizador, mais preocupado com os - sempre cativantes - movimentos de câmara e suas composições, desse uma palmadinha nas costas a cada ator e dissesse "pronto vai lá fazer a tua cena". A total desorientação de um envelhecimento fugaz devia servir como apresentação, contexto, para que depois se seguissem etapas de resposta. Old espartilha todas essas tentativas, aparecendo apenas de novo no último ato: uma resolução interessante, em linha com as interações mais reais (das crianças), fechada o suficiente para apagar qualquer cena pós créditos e qualquer ligação ao Unbreakable, que isto nunca se sabe.


*Para uma atualização completa do universo das standing ovations consultar episódio 11, temporada 8, de Nas Nalgas do Mandarim.

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