segunda-feira, 6 de setembro de 2021

A maldição nos confins do fundo verde

Jungle Cruise é a sequela Pantanal que o Piratas nunca teve. Sem a Adriana Oliveira nua mas com aquele atrevimento aventuroso herói/donzela/sidekick. Podemos pensar que são muitos, debaixo de qualquer calhau, mas a verdade é que estes filmes "do em busca de qualquer coisa" são cada vez mais raros. Puros, na maldição, nas lianas, na selva. E é nela que reside o meu maior problema com este cruzeiro. Por muito que tenho gostado da dinâmica despretensiosa e da boa química do elenco, não consigo embrenhar-me em tamanho sufoco digital. Nada é selvagem, nada é natural, são toneladas e toneladas de CGI a prender a exploração a um estúdio de 100 metros quadrados. Por exemplo [SPOILERS] aquela cena em que eles descobrem a enorme entrada escondida debaixo de água, onde deveríamos sentir o tacharam de um barco dos Goonies, é a clara economia de recursos que acaba por poupar onde não se quer: emoção.

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