segunda-feira, 3 de abril de 2017

É uma espécie de Rocky Balboa


Até os trailers, trabalham a contenção e a surpresa. Feitas as contas, mostrando pouco, muito pouco, ou como ensinam na escola "o essencial". E é que nem professor a corrigir um quase 20 que assistimos a Logan, de questão em questão, sempre a acenar com a cabeça, sim, sim, sim. Mangold faz o que poucos podem/querem: lê a personagem, constrói o filme dela, a partir dela, como raízes do tronco e só depois pensa nas folhas, ramos, raiva, sangue e tripas. São essas rugas, cruzadas com uma secura violenta e saborosa, que nos levam depois ao universo de origem. A tudo o que temos direito, e os maluquinhos, até esses foda-se, podem festejar a vida. Os mutantes, sempre eles, a marcar passo e a relançar os dados. Trocando as voltas, cravando num adeus a mais bonita das esperanças.

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