Mini ciclo de cinema Ray Wise, cá em casa. Digging Up the Marrow e Dead End. Só por ele, só por ser ele, esta iniciativa familiar já era uma aposta goleadora. Mas é claro, que para dar ainda mais ânimo, a bicharada ou a tripalhada tinham de ajudar. E o mar esteve de feição. O primeiro, mais recente, é um mockumentary de Adam Green, ele próprio a encabeçar uma investigação: um velho diz que sabe onde moram os monstros, e que eles existem. Para um fã, que toda a vida os construiu, esta é de facto a última cruzada. Muito bem trabalhada no sentido estético, com cromos inesquecíveis a juntar ao panteão, quer desenhados quer em carne e osso. É o Monsters Inc. para adultos, que por ser tanto acaba por ficar ligeiramente aquém: um gajo quer sempre mais monstros foda-se, já deviam saber isso. Tomem lá monstros:
Dead End, mais idoso, apresenta a clássica situação da estrada, das voltas, dos labirintos e dos fantasmas. Num carro, com cinco protagonistas, como uma peça de uma loucura crescente, surpreendentemente fresca. É extradordinário, que com tanto em cima, com tanto já visto, o mecanismo simples de adeus ào norte consiga manter o susto acordado e consiga, no final, conquistar. Rei e senhor deste sub-sub-sub género.
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