terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Boom shak-a-lak

Freddie Mercury cantava e bem:

Bring it back, bring it back
Don't take it away from me
Because you don't know
What it means to me


Ninguém sabe. Nem os Farrelly sabem, o que representaram. Escala bem definida, o antes e o depois dos manos. Revolucionaram e vieram estabelecer um novo incorrecto, cheio de provocação inteligente. Com um equilíbrio milimétrico, tudo certo, irresistivelmente certo. Mas a comédia é madrasta, e não quer cá a mesma cria, à mama, durante anos. É ingrato? É. Exigente? Sem dúvida. Tem dado frutos? Nem por isso. A reinvenção não tem de facto reinventado nada. Alguns fenómenos, aqui e ali, mas vivemos substancialmente de sequelas. E suspiros. Dumb and Dumber To é uma sequela e um suspiro. Tem coragem de voltar, mas não sabe como. Como quarentão que tenta outra vez os dezoito, desenquadrado, com a camisa demasiado enfiada no cu, desajeitado a dançar as novas modas. Não se ergue nem monta, porque também não tenta, limita-se ao estatuto, colando uma série de clichés, e esperando festinhas na cabeça. Desta vez não rapazes, desta vez não.

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