terça-feira, 21 de outubro de 2014

Os zombies dos segredos

No meio da questão, andava eu, faço parte das curtas palavras. Mas porque é que tanta gente vê esta merda? Lá está, eu ali enfiado, é pior é pior: mas porque é que eu vejo esta merda? E agora, neste último episódio, bateu-me, nos miolos espalhados por ruim marreta. The Walking Dead é o Secret Story, apetecível maçã voyeurista embrulhada num pacote de culto. Tem personagens idiotas, estúpidas, que ambicionamos ver dali para fora, e que pouco têm a dizer umas às outras. Se dizem é o mesmo. Todas têm segredos e se aparece um novo morador, também esse vem cheio de demónios. Que temos de adivinhar para depois matar e passar a outro. Andam da sala para o jardim, que é como quem diz da tenda para o pinhal, ou da quinta para o pinhal, ou da prisão para o pinhal. Não fazendo a ponta de um corno. Lá estão e um cidadão, cansado, liga aquilo, dizendo para a Maria: olha vamos lá espreitar o que é que eles estão a fazer hoje.

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