Perder é a certeza que liquida todas as outras. Um final a meio da corrida. A batota, que te rouba as fichas, os pés, as mãos, e o corpo. E depois? Haverá depois? Ou apenas duas existências distintas que se vão tentando encontrar nas páginas da saudade? Não sei. É a certeza que liquida todas as outras, não sei. Mas estou aqui hoje para voltar a saber. Voltar, no meu aniversário, ao que sempre foi sólido e inquebrável. A bomba pujante de sangue que cresceu, sorriu e chorou comigo. Desde os pés no ar até às solas na alcatifa. As últimas tosses e sussurros, alertas para depois fugir. Não posso deixar de correr, porque este blogue não é o meu refúgio, é a minha estrada.
Contigo, sempre contigo.
No filme About Time há um momento em que o pai ensina ao filho como tirar proveito da sua habilidade de viajante no tempo. Diz para se viver um dia, com todas as preocupações, mágoas e conflitos e para depois se repetir, esse mesmo dia, dando agora valor às pequenas coisas. Aos detalhes, às maravilhas, à luz. No final o jovem deixa de viajar, vive cada dia como se tivesse voltado a ele, para o gozar, para tirar dele o melhor, como se aquele fosse o último dia da sua extraordinária vida.
Ok Pai vamos a isso!
6 comentários:
Força!
Forte abraço!
Jorge Rodrigues
Vamos a isso Miguel. Cá estamos contigo para atirar umas garrafas de água enquanto percorres a estrada! Um abraço!
Bem vindo de volta e força!
Grande abraço
Gabriel
Malta, muito obrigado, pelo apoio e por continuarem aí desse lado!Bora lá!Grande abraço
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