Faz-nos agaiatar. E sair do cinema a fingir que estamos a conduzir um Jaeger. Sim aconteceu. Para depois querermos saber mais, comprar a novela gráfica que antecede, construir a nossa própria máquina, e tudo mais que um doidinho apaixonado tem direito. Essa vontade de prevalever e de nos mantermos é o cinema. E por muito grande que o filme seja - é bonito que se farta - há uma estrutura terrena cuidada: as cenas são cenas - veja-se o fabuloso início quando aparece Gipsy Danger - com espaços e tempos, preenchidas com o bater de uma narrativa estimulante, a destapar mitologia, passo a passo. Não pode ser perfeito, essas próprias fissuras estereotipadas da série B estão lá porque são necessárias, pedaços hilariantes de história futura. Por muito muito grande que seja o murro no prédio o que importa é o pequeno pêndulo de Newton assente nas nossas secretária. Del Toro sabe isso e não esquece. Melhor blockbuster do ano, dos anos.
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