Qual é coisa qual é ela que é mais irritante que um grupo de hobbits maricas? Um grupo de anões pedreiros. São muitos, pequeninos e gordinhos, arrotam e comem de boca aberta. Para todos rirmos, porque é engraçado. Sejamos sinceros, The Hobbit: An Unexpected Journey é um The Fellowship of the Ring para maiores de 6. Está lá tudo, os mesmos cenários, as mesmas roupas, as mesmas músicas, os mesmos jogos de câmara. O que muda? Bem, primeiro, o vagar. Há para dar e vender. Demoram quase uma hora para sair do Shire, uma hora, uma hora. Doeu. Depois, o que na trilogia original funcionava como vontade épica, aqui tresanda a encomenda balofa. De episódio para episódio, sem uma única ideia nova. Não há uma visão, não há um pequeno devaneio, mais que clarividente na cena das adivinhas. Momento que deveria ser alto, repleto de viscosidade e tensão, passa como mais uma tarefa sem sequer nos despentear o cabelo. É aventura, com muita gente sem nunca assumir ninguém. No final, dizem-nos que estão a fazer isto por causa do lar quando nós sabemos bem que o que está aqui em causa é o tesouro.
2 comentários:
Mas o livro é mesmo isso... Uma historia boa, mas pacifica, para um alvo mais jovem e sem um objectivo tão grandioso como no Senhor dos Anéis. A aventura dos anões e hobbit é simplesmente guiada por ganância e ambição. Fazer 3 filmes deste livro é algo simplesmente louco...
Sim mas os filmes não têm de ser reféns das obras que lhes dão origem. Podia existir aqui algum irreverência. Claro que a opção dos três filmes - ainda por cima três filmes de três horas! - torna o carácter tarefeiro e episódico muito mais visível.
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