terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Domingos à noite

O meu cinema é o segredo mais bem guardado do Alentejo. Tem jeitos de gente grande, grande som, grande tela, grande espaço. Só que, nas costas dessa mesma máquina, arriscou outras grandes vontades; há quem chame coração, há quem diga persistência. Paciência, para todos os outros, que têm pipocas e muitas luzes. Fossem da terra. Sim porque no fundo, só os filhos de cá lá estão, cumplices deste tesouro, silenciosos na troca de olhares, antes do sentar nos lugares, aqueles de sempre. 13, fila I. E nem vos sussurro o preço. Não vale a pena. Não há mapa ou estrada para este refúgio. É o cinema a tentar respirar, nem que seja às escondidas. 

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