Eu sou uma das doze pessoas que gostou de Quantum of Solace. Uma das quatro que gostou bastante. Não só emparelha com o seu antecessor de forma inteligente como se despacha. Despacha-se a vingar. Há pouco a dizer sobre a vingança, há pouco a dizer sobre o Bond de Craig. Daí lhe assentar tão bem esse tiro.
Skyfall de Sam Mendes não soube trabalhar com as ferramentas que tinha em mão. Deu uma tarefa 3D a um actor bidimensional. Pediu-lhe densidade, pediu-lhe o peso da idade. Costurado por debaixo da pele, não nos diálogos, não nas feridas, por debaixo da pele. E Craig não consegue, não é dele. Está lá para seguir em frente e derrubar paredes. Não para lutar com fantasmas. Custa então, ver o mais bonito filme da saga - visualmente arrebatador - vir de quando em vez à superfície mostrar o que poderia ter sido. Abdica da bond girl mais interessante - vergonhosos dez minutos - e utiliza a lista (mais que mastigada) dos agentes infiltrados. Mas quem faz não vê? Quem faz não vai ao cinema? Não sabe que queremos ser puxados, estimulados. Chegamos a vibrar quando o plano de Bardem se põe em marcha mas rapidamente tudo se reduz à tentativa da ideia. Rapidamente voltamos ao desalento. Olha que engraçado, é a Moneypenny. Pois é, mas isso não chega.
1 comentário:
Houve 12 pessoas que gostaram do quantum of solace? Tantas? Não acredito :D Eu cá não foi só o não ter gostado, foi mesmo o ter odiado. Enfim, o que seria do amarelo... ;) Depois desta crítica ao Skyfall, irei ver com a expectativa de ser melhor que o Quantum mas pior que o Casino.A ver vamos.
Nuno Rechena
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