"Independentemente de tudo o que possam ter lido, ouvido ou mesmo antecipado sobre "A Rede Social", este não é um filme sobre o Facebook."
As palavras são de Jorge Mourinha - um dos meus críticos nacionais favoritos - que no seu excelente texto para o Ípsilon resume de forma precisa tudo aquilo que o filme de David Fincher é. Todas as suas máscaras, todos os seus veículos e todas as suas reais intenções.
Pouco mais há a acrescentar. O conjunto é um enorme triunfo e certos pormenores continuam comigo, a fermentar:
- Incrível o diálogo inicial - vai ficar na história. A velocidade das palavras e a rapidez da montagem. A génese de tudo o que viria a formar-se, ali, numa relação quebrada na penumbra de um bar.
- Incrível o tema musical. Sublime, simples e muito eficaz. Ouçam ali em baixo com muita atenção.
- Incrível o final, fechando em círculo com o rosto, agora electrónico, de Rooney Mara.
- Incrível a ironia, de quem inventou o Facebook terminar sem um único amigo.
2 comentários:
Não o achei assim tão bom. Excelente personagem, diálogos brilhantes, óptimo ritmo.
Mas, citando o "Dial P for Popcorn", é um filme neutro. Passa-se pouca coisa. Fiquei com uma sensação de vazio, no final.
Levou-me, literalmente, uma frase a descobrir o autor do argumento. O resto foi matar saudades do ritmo, dos diálogos brilhantes.
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