O problema de não ter tempo é que no meio deste tempo sobra sempre tempo. Há sempre tempo nos interstícios de uma vida ocupada e quanto menos respiramos mais queremos escrever. É mal geral da condição do amante, ou do ser humano se preferirem. O certo é que estou sem tempo e perco tempo a ficcionar sobre nada, antes de arrefecer o comboio na paragem entre a cama e a almofada. É doença que nos salva este desconforto, esta vontade de encher os intervalos. Valha-nos isso.
Já dizia a Tracy Chapman , There is fiction in the space between.
Até amanhã.
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