Benjamin Linus é das personagens mais interessantes, dúbias e complexas que a televisão já viu. Consegue criar no espectador sentimentos tão antagónicos e distintos que se torna quase impossível defini-lo e colocá-lo num dos lados da barricada.
Entrando apenas a meio da segunda temporada rapidamente agarrou o leme e é agora um dos maiores pontos de interesse da história, roubando toda a luz sempre que nos dá a honra de aparecer. Pequenino, com o seu corpo frágil, esconde uma inteligência acima da média e uma espantosa capacidade de manipular os outros. Os seus sorrisos irónicos de vitória, os seus olhares de espanto, as suas feições e atitudes, entre tantos outros pormenores, constituem um incrível trabalho de actor por parte de Michael Emerson, relativamente desconhecido até então e que carimba aqui um papel inesquecível. Vamos continuar a vê-lo (infelizmente só até quinta) sempre a espera que nos surpreenda, aguardando a próxima cartada e nunca percebendo se estamos a ouvir a verdade ou a mentira.
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