Que grande maldade Josh O´Connor. Roubas este filme inteirinho e ainda lambes o prato, não sobra nada. Uma primeira parte fulgurante, conduzida por ele, que depois desagua num mistério cativante - como sempre - mas demasiado extenso, enrolado numa floresta de vais não vais, e num conjunto de personagens que não têm grande espaço para serem reais suspeitos. Senti falta do confinamento e da bizarria de Glass Onion. Ainda assim, fecha uma trilogia sólida e apresenta-se como uma das propostas mais interessantes do advento.
domingo, 14 de dezembro de 2025
sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Ep.17 - Dangerous Liaisons/Valmont
Baumbecos
Há um momento em que estão todos a regressar do almoço, a pé, naquele campo toscano, e Jay Kelly está sozinho. Vem sozinho, enquanto à frente e atrás vemos conversas ou parelhas. Esse momento, lá ao longe, é mais certeiro e simbólico que todos as outras conversas que nos tentam vender no resto do filme. Propositado ou não - na sua raíz meta - soa tudo a ensaiado, forçado, deixando pouco espaço para as personagens realmente colidirem. Tenho saudades do Baumbach da década passada, onde os diálogos se sobrepunham sem autorização, onde as histórias eram quotidianas, estranhas. E verdadeiras.
Pergunta: Qual das cenas num comboio em que alguém conhecido fala com os passageiros, acham mais ridícula, esta ou a do Darkest Hour?
terça-feira, 2 de dezembro de 2025
Pendentes
Ando com este texto há vários meses, nas esperas, nas calçadas, nas garfadas. Até no trânsito, a gotejar enquanto o da frente avança mais um metro. Lembrete para não deixar passar três séries que de alguma forma me salvaram. Uma e outra vez quando a nossa boa vontade é obliterada por dinossauros mutantes e embalagens de Snickers.
do caos
The Bear, e o seu quarto prato. Com o domínio completo da sua orquestra e de quem são os seus, a série atira-se numa edição tesoura de podar, quotidiana, de saltos e contrassaltos. Sem transições ou agendas, todos a cuspir diálogo, de um sítio para outro. Com o coração ao alto - ou debaixo de uma mesa - Carmy, Syd e Richie têm a sua rendição - porque nunca sara realmente - num final mestre, de fade to black, cena sim cena não, enclausurados num desabafo. Nunca pára de surpreender.
da criatividade
da amizade
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Vindo de Marte, Miguel aterra na selva indiana para uma semana de descanso em cuecas. Rapidamente percebe que as panteras, os ursos, os lobo...
