O
Luís Miguel diz que quem não gosta de
Star Wars não é um
freak. Uma espécie de consolo para todos aqueles que queriam ter a certeza: sim, não sou
freak, sim é chique, sim tenho uma pila enorme. Maior agora que encontrei resistência a tamanha gargalada social. Ai chiques chiques, eram uns tabefes com a tábua das 50 sombras nesse cu e era pouco. Claro que podem não gostar amigos e claro que também podem estar calados. Para os outros, os que nunca viram, eu também nunca comi frango assado nem nunca fui ao Mac, e agora pisco o olho em câmara lenta e com a boca semi aberta. Eu não conto a ninguém.
O filme, sem os bonecos de trás e sem os bonecos que estão à venda no Continente. O
filme, é entretenimento
Abrams, à la
Star Trek, imparável, bem disposto e visualmente blindado. É vibrar. Grandes planos, do deserto ou do espaço, onde cruzamos as minúsculas personagens com infinitas naves, que enchem tudo. E eclipsam a luz. História ingénua, feita de cruzamentos improváveis, do clássico rule the galaxy e pouco mais que isto. Simples. Muitas críticas, que é reciclagem, papel químico.
Star Wars é isto, sempre foi. Nem se trata de risco ou experimentação, experimentação implicaria uma outra orgânica, podemos experimentar, mudar tudo. Mas aí era outra coisa, outro filme, outro nome. Esta é a saga da família
Skywalker, dos pais, dos filhos, dos netos. Das raízes e seus ramos. Veríamos sempre, em qualquer decisão, antigas memórias, regressar é isso, mesmo nas ruínas sentir o cheiro do chá, dos biscoitos. Da torradita. E temos mistério para um futuro que pode disparar em qualquer direção. Isso não é bom?
Eu acho que sim. E queria só terminar, praticando um ou dois spoilers. Tipo gaiato invejoso. Primeiro não percebi como é que aquela magana sabia que podia executar um jedi mind trick. Viu os filmes antigos lá em Jakku? Segundo, a filha da puta da bolinha é mesmo fofinha. Terceiro e último, já podiam ter dito que o Luke estava a morar no Pico. É um orgulho.