quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Top 2015 - nem tudo foi mau (parte II)

13) Melhor saída da água desde que o Bond ainda tinha gajas a sair da água - Nathalie Emmanuel em Furious Seven

14) Melhor Professor de Educação Física - Daniel Craig de fato de treino em Spectre



15) Melhor Amo-te Teresa psicopata - The Boy Next Door


16) Melhor quarteto fantástico - triplo empate técnico entre os pares de Carla Gugino e Alexandra Daddario em San Andreas, os pares de Sofía Vergara e Reese Whiterspoon em Hot pursuit e os pares de Ana de Armas e Lorenza Izzo em Knock Knock


17) Melhor piruca - Kate Mara em Fantastic Four


18) Melhor Surrogates - Vice


19) Melhor campanha de prevenção para as DST - It Follows


20) Melhor nu terceira idade - The Visit


21) Melhor "tinha tudo para correr bem" - Everest


22) Melhor Angelicalm - Bridge of Spies


23) Melhor baleia - a d´ As Mil e Uma Noites: Volume 1, O Inquieto, porque está quietinha, a outra do Thor é fodida

24) Melhor peida lenta - Katniss depois de ter comido bolos a mais do padeiro a tentar fugir das maldades do capitólio em The Hunger Games: Mockingjay - Part 2



quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Top 2015 - nem tudo foi mau (parte I)

1) Melhor par de mamas que não é mostrado - Emilia Clarke em Terminator Genisys


 2) Melhor parva que agora já não mostra as mamas - Emilia Clarke


3) Melhor par de mamas de outra gaja qualquer - Lena Headey a fingir que está nua em Game of Thrones


4) Melhor "rapa isso pah" - Dakota Johnson em Fifty Shades of Grey


5) Melhor Escobar porque não vi o outro - Wagner Moura em Narcos porque não vi Benecio Del Toro em Escobar: Paradise Lost


6) Melhor robô fofinho para brincar - BB8 em Star Wars: The Force Awakens


7) Melhor robô irritante para brincar - Chappie em Chappie


8) Melhor robô para brincar de outra maneira - Ava em Ex-Machina


 9) Melhor Capitão Gancho - Furiosa em Mad Max: Fury Road (pensavam que era o do Pan não é, novatos)
 

10) Melhor Capitão - Capitão Falcão em, tambores, Capitão Falcão


11) Melhores pernas para usar ao pescoço - Rebecca Ferguson em Mission: Impossible - Rogue Nation


12) Melhores pernas para cortar tomate - Sofia Boutella em Kingsman: The Secret Service

Dos ringues

Os fãs amuados de Star Wars acusam também este Creed de colagem aos originais. Tem boxe, um underdog, cenas de treino, as escadarias, e por fim o Rocky. Eu sei, uma estupidez, um filme do Rocky ter o Rocky, mas pronto, eles bem o tentaram baptizar doutro modo, ainda não foi desta. E o soco? Bem, não tão certeiro como Rocky Balboa, a pequenina gema desta senda, mas não deixa ninguém ficar mal. Oferece, não só o que o Southpaw nos devia ter dado, como permite que Stallone marque definitivamente a personagem como uma das maiores da sétima arte. Um trabalho secundário que rouba - se calhar intencionalmente - toda a obra, desde os jeitos cansados, os sem jeitos, até à queda, e depois aquele levantar, de tantas  tantas vezes. Não te esqueças o que passaste, não te esqueças o que passámos. O assumir do plural é o que tiramos e devíamos tirar, todos os dias. Obrigado mestre.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Este frame do mutante é a melhor coisa que vão ver o filme todo

The Hunger Games: Mockingjay - Part 2 é daqueles filmes que nunca mais começa e quando começa nunca mais acaba. É o fim da picada para as adaptações literárias juvenis. Termina aqui, termina esta noite, sem o Neo à porrada com o agente Smith, mas comigo a convulsar só de recordar. A preguiça criativa, cultural, maquinal, atinge aqui um novo mínimo, nunca antes conseguido. Nem o Harry Potter se fez com tantos nadas. Não há guião, não há ritmo, não há ação: são as páginas de um livro filmadas, a 35 depois da 34 e antes da 36. Ela a andar, ela a gritar pelo padeiro, ela a andar, ela a gritar pelo padeiro de novo. Lenta como uma lesma. Foda-se até as corridas demoram. E, para além de ser o pior, é também o maior desperdício: foi lixo com as assimetrias sociais, com os regimes opressivos, com o poder dos media, com as revoluções, e a inutilidade das mesmas. A ciclicidade. Tanto mas tanto para contar e ensinar, tanto tão atual, que fomos morrer neste entediante lamaçal.

A rainha do geek

Game of Thrones, Star Wars, Hunger Games. Tudo num ano. Impossível melhor.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Resolução para 2016

Começar a mise-en-scinar tudo. Qualquer desabafo, artigo ou opinião leva com uma mise-en-scenezita, só naquela, para o charme. O filme tem bué da mise-en-scène, por exemplo. Ou então, não estava à espera que a mise-en-scène tivesse morto o jornalista. Vai ser em tudo. Em 2017 irei adotar o raccord. O preto e branco logo se vê.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Não vos vou dizer se este texto tem spoilers ou não

O Luís Miguel diz que quem não gosta de Star Wars não é um freak. Uma espécie de consolo para todos aqueles que queriam ter a certeza: sim, não sou freak, sim é chique, sim tenho uma pila enorme. Maior agora que encontrei resistência a tamanha gargalada social. Ai chiques chiques, eram uns tabefes com a tábua das 50 sombras nesse cu e era pouco. Claro que podem não gostar amigos e claro que também podem estar calados. Para os outros, os que nunca viram, eu também nunca comi frango assado nem nunca fui ao Mac, e agora pisco o olho em câmara lenta e com a boca semi aberta. Eu não conto a ninguém.

O filme, sem os bonecos de trás e sem os bonecos que estão à venda no Continente. O filme, é entretenimento Abrams, à la Star Trek, imparável, bem disposto e visualmente blindado. É vibrar. Grandes planos, do deserto ou do espaço, onde cruzamos as minúsculas personagens com infinitas naves, que enchem tudo. E eclipsam a luz. História ingénua, feita de cruzamentos improváveis, do clássico rule the galaxy e pouco mais que isto. Simples. Muitas críticas, que é reciclagem, papel químico. Star Wars é isto, sempre foi. Nem se trata de risco ou experimentação, experimentação implicaria uma outra orgânica, podemos experimentar, mudar tudo. Mas aí era outra coisa, outro filme, outro nome. Esta é a saga da família Skywalker, dos pais, dos filhos, dos netos. Das raízes e seus ramos. Veríamos sempre, em qualquer decisão, antigas memórias, regressar é isso, mesmo nas ruínas sentir o cheiro do chá, dos biscoitos. Da torradita. E temos mistério para um futuro que pode disparar em qualquer direção. Isso não é bom?

Eu acho que sim. E queria só terminar, praticando um ou dois spoilers. Tipo gaiato invejoso. Primeiro não percebi como é que aquela magana sabia que podia executar um jedi mind trick. Viu os filmes antigos lá em Jakku? Segundo, a filha da puta da bolinha é mesmo fofinha. Terceiro e último, já podiam ter dito que o Luke estava a morar no Pico. É um orgulho.

Sozinha em casa

https://www.youtube.com/watch?v=vYkg5oQ8qQw

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

The Podcaster

Ando armado em tagarela. Espertalhão. Na rua chamam-me o podcaster. Olha lá ele, o podcaster. Cochichando  entre as almôndegas da vida. Não faço puto do que a última expressão quer dizer, o importante aqui é que até os direitos cinematográficos já foram comprados. O filme vai mesmo chamar-se, The Podcaster, e é um reboot adaptação futurista, num mundo todo lixado onde eu tenho de levar um podcast de Coimbra até Sagres, de cavalo. E com a bóina do Costner. Promete.

Para quem quiser ouvir o que se tem cavalgado:




O final mais bonito de sempre

Tudo começou devido ao pivete ensurdecedor da época. Podia ser a merda natalícia. Mas não, óscares. Ai que ano tão complicado, cheio das previsões das previsões e a matemática da treta, que para nada serve, senão encher cabeças de enormes sopros. Aí, percebi que o Spotlight é o mais recente filme do Tom McCarthy. Percebi também que o gajo fez uma comédia com o Adam Sandler, sapatos e feitiços. Não me perguntem. Mas aqui a vontade, e subsequente tesão, vêm  não só da estação, mas da visita. The Visitor é um troço maravilhoso de cinema, com um dos monólogos da minha vida. Tem também o final mais bonito de sempre. Este aqui. 

Ele afinal dizia olá



Carradas de comparações, sobrepondo o real com o não real. Eu gosto de espreitar, as feições dos verdadeiros, gracinhas que depois se estendem nas escolhas de casting. Em Steve Jobs, cada pergunta, isto foi mesmo assim?, redonda resposta, não, não foi. E somando, percebemos - como se não o tivéssemos já feito - que nada aconteceu. É o truque, e a mais valia, de um argumento habilidoso. Maravilhoso. Que como os velhos criativos faz uma escolha muito clara: assinar por baixo. Porque só assim, nesta moldagem de factos, se consegue vislumbrar a pessoa, no conjunto dos palcos. Nos momentos onde todas as personagens se reúnem, para constantes redenções até à apoteose. Um pós vida terreno, um auto que dita o modo como hoje vemos, escrevemos e pensamos o mundo.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Ferreira resolve

Vi para aí numa publicação estrangeira, num desce desce facebookiano, a questão: (imaginem esta frase dita com voz de bebé de inclinação irónica) qual dos trailers é melhor, o do Batman, o do Capitão América ou o do X-Men? Pronto, eu respondo: são os três uma bela merda. O primeiro conta o filme todo, CGI a mais. O segundo, não conta tudo mas vá lá, zangas de comadres, Portas e Passos, no final há um cabrão mau e mamam-se todos na boca. CGI a mais. X-Men já não tenho dedos, para contar, vou comprar um ábaco para perceber qual é este. CGI a mais vezes dez. Não, não, não.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

En plena luz

Eu, que até tinha colocado repelente. A fazer dedo feio ao casting, a duvidar logo da fruta sem apalpar nadinha. Verdade é que The 33, com todos os seus problemas interpretativos, acaba por ser um filme sincero. Não se arma à história, conta-a e depois em casa cá fazemos nossos heróis. Sem complexos pormenores técnicos ou dramatismos, religiões ou politiquices. Tudo isso existe mas aqueles acordes finais, já com os verdadeiros rostos na praia, lembram-nos que tivemos a sorte de assistir, em directo, a uma das mais bonitas bonitas lições de fé, de nós em nós próprios. E isso é uma vez na vida.

Sábado beijinho na Tara

Até cansa. Estão sempre a perguntar: ah qual é o teu filme preferido da Tara Reid? Ao que eu respondo só assim: Tara Reid, TUDO. Nem um, nem outro, TUDO. Então a mulher apresenta-se com uma filmografia fantástica e ainda vêm para mim com estas perguntas da merda. Eu sei que o Vipers é do caraças. Mas isso também o Alone in the Dark. E o Josie and the Pussycats. Percebem o problema?

Miminhos

O Villeneuve é o próximo qualquer coisa. Até pode ser o próximo Villeneuve. A verdade é que nos tem dado um colinho inestimável. Mimado e apertado, todos os aninhos, como se houvesse de novo certezas nos autores. Nos livrinhos de bolso e nas paixões de sexta-feira. Sicario é um corpo tenso. As linhas citadinas de Enemy dão lugar às formas montanhosas, corpos gigantes caídos, interceptados por longos cabelos, serpenteados por intermináveis caminhos. Lá de cima, lá em cima, um balão que enche e não rebenta. É possível viver a rebentar, a quase rebentar, a cada fôlego, a cada passagem? É possível? Sentimos o acaso, de facto, e a viragem. Para estabelecer a verdade única nesta merda: um peão será sempre um peão. Venha o próximo.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Grandes Nalgas

 
A esta altura não vos conto novidade nenhuma. Até porque, se não nos leram, ou ouviram, com certeza que nos viram, nos inúmeros especiais que a televisão tem colocado em loop. Um a seguir ao outro. O que ainda não sabem, é que o melhor podcast do mundo, teve já propostas para adaptação cinematográfica. Fincher ao barulho, dizem que é uma merda do género do Facebook, porque vai contar como é que nós roubámos a ideia a outros podcasters para ficarmos milionários. Ou neste caso só estúpidos. Vai-se chamar As Nalgas Sociais, em princípio. E, depois deste, já está também confirmado remake só com gajas. A fazer de mim, em princípio,  a magricela do Twilight, mas com 38 horas de solário nas trombas.