Nisto chegámos ao Speed, não por faltar um bocadinho, neste caso de autoestrada, mas porque o tinha revisto recentemente. Apanhei-o na televisão, nessa mesma cena em que todos percebem que falta um pedação de asfalto. E é maravilhosa, uma métrica cinematográfica frenética mas que nos engole com calma em todos os seus passos. Eles aproximam-se naquele carrito, falam com o Keanu, transmitem-lhe as más notícias e depois afastam-se. Nesse afastar, percebemos que estamos sozinhos. Percebemos que estamos mesmo naquele autocarro e que vamos mesmo ter de dar o salto com aquela malta. 30 anos depois continuo a vibrar como se fosse a primeira viagem. Não sou o único. O Stuckman grava uma bonita carta de amor à obra, onde estabelece uma interessante teoria sobre a força dos filmes de ação dos anos 90.
Sim, mais uma lamúria que escapou à polícia da saudade. Mas é também forma de celebrarmos os nossos filmes e de encontrarmos caminhos para uma nova velocidade.
*uma sala de cinema com um pequeno bar e não um bar com uma pequena sala de cinema.
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