Gosto sempre de um filme onde as personagens para parecerem mais velhas cortam o cabelo. Nova: cabelo longo. Dez anos mais velha: cabelo curto. Obviamente. E já que comecei com a rapariga, enterro aqui a minha espada da embirração; tens toda a minha atenção Zendaya. Papel seguríssimo, a ligar esta grupeta à corrente, com gozo, estilo e sexo. Figura ainda mais curiosa, e complexa, porque opera numa relação que não é (nem nunca foi) dela. A morder e a pressionar para que o ténis se reencontre neles. E os confrontos - ou os momentos da grande partida - vão ficando cada vez mais arrojados até ao final onde na câmara já vale tudo.
Para além disso, a juntar à ingenuidade e destrambelho, temos o início do Blade, da discoteca, só que em todas as cenas. Olá boa tarde, era um café e um copo de ág....MÚSICA DA KADOC...Então que tal correu o teu d....MÚSICA DA KADOC. Quase que apetece ir ao bar e pedir um vodca laranja. Mas na verdade, e o cinema tem destas coisas, tudo resulta. Uma tempestade - como aquele momento dos papéis a voar - um ziguezague narrativo - como a bola cá e lá - que se juntam num conjunto charmoso, vibrante e magnético.
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