quarta-feira, 30 de março de 2016

Este frame aparece?

Obviamente que sim, do início ao fim, com referencial pop-merdas no top dos tops. Difícil escolher qual, se o 127 Hours se o final Ferry Bueller. É disto que eu gosto, este amálgama geracional, de fases, tendências e obras passadas, que se embrulha, no imprevisível. E ri, foda-se. O problema é que também ri no Ted 2, da mesma forma, com o mesmo foda-se. Ou seja, depois de adorar Deadpool é preciso admitir que é um filme preguiçoso, na medida em que goza com tudo, mesmo com aquilo que podia e devia ser corrigido. Encosta-se à bandeira do sketch SNL, de auto-paródia consciente da Marvel, a tal oitava barreira, sem nunca procurar real saída. Porque creditar o típico vilão britânico é uma espécie de "desculpem mas isto vai ser a merda do costume mas como estamos a admitir é mais fixe e tem piada". Às vezes sim, às vezes não. A história não existe, os dois sidekicks são terríveis - especialmente a gaiata - contra a Gina Carano a fazer de Gina Carano e um mau sem plano e aparentemente sem mais nada. E nada é o que sobra para uma sequela, porque isto não passa de um curto honest trailer. Tudo louco, com ser para maiores de 14, ou 16, e o Kickass, o Kingsman: The Secret Service ou o Jonh Wick? Não são esses os exemplos a seguir? Auto análises da ação, do herói de ação, do seu papel, com mais ou menos mortes. Muito mais Last Action Hero e muito menos Scary Movie, por favor.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Um vagalhão de campistas

Vamos começar pelo fim, momento em que sou iluminado pelo companheiro, mestre e amigo Cinemaxunga, que me aponta a origem juvenil, 30 ou 50 livros desta merda da The 5th Wave, comparados, claro está, aos crepúsculos e jogos da fomeca. Se este foi o final da história, calculam então que a ignorância levou a um início cheio de boas intenções, tesões e algumas expectativas. Epá aliens e vírus e aviões a cair e bué da cenas misturadas ao mesmo tempo. Quero disto. Mal informado disse de novo, quero disto. Esqueçam, é a Carrie podre que anda para ali na Serra da Lousã, a acampar, está a sempre a acampar, com um bonzarrão que afinal é mau mas é bom também e depois o resto da malta está com o Ray Donovan que tem o plano twist mais fácil de detectar de 2016 e depois não sei. Lá fogem, quiçá para o dois, quiçá para o nunca mais te ver.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Esqueçam lá, resta entalar

Falando da horta, eu até podia iniciar com a fatal questão: alguém, mas mesmo alguém, acreditou em algum momento do inspira e expira de sua existência que esta merda fosse boa? Só alguém que está na ilha do Lost a fazer elevações com o Desmond e que nos últimos dez anos não sabe o que é o mundo, um Snyder e um filme de super borra piças. Só mesmo esse alguém. Eu até podia então falar do contra senso de espanto das carantonhas de pila ao alto com um tomatómetro baixinho. E depois print screens do tomatómetro, ai ai que vergonha. Não faz sentido. O que também não faz sentido é acharem que as críticas ditam a receita quando vimos todos de um bem recente Fifty Shades of Grey, facturanço bruto para um 25% na tomatagem. Por último, é idiota sequer seguirmos estes frescos ou podres. Avengers: Age of Ultron, possivelmente o pior filme de sempre do mundo e mesmo de outros mundos e galáxias está com 75%. Dizem que é fresco. E o consenso tem palavras como exuberante. Nada se encaixa em qualquer quadro lógico. Resta-nos Leonel Nunes, como sempre.

quarta-feira, 23 de março de 2016

As malhas que interessam

Olhem, afinal, até é bom. Estou a gozar, ainda não vi essa paneleirice de batman contra o super tomatada apertada pelas leggings. O que eu acho mal, é que no meio deste marketing universal descabido, os tugas passarem ao lados das verdadeiras malhas como por exemplo o "Memorial do Convento e Zombies" ou o "Dengaz v Agir: O Despertar dos Alargadores".

terça-feira, 22 de março de 2016

Mas a tua mãe sabe que tu andas aqui?

E pronto, é este o borra piças que vai ser o novo MacGyver. Digo isto enquanto abano a cabeça e penso na formação de suporte básico de vida que fiz hoje de manhã. Isto para não pensar mais nisto. É a puta da vida. Vou pôr o genérico outra vez, depois paro de chorar e vou jantar. Prometo.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Ainda a responder

Não gosto nada mas os meus patrões, os senhores que mandam na blogosfera cinéfila disseram, ou ditaram: sempre que uma série começa a ter mais que duas temporadas é obrigatório iniciar qualquer texto a compará-las. Artigo não sei quê, página 90 e tal, acho eu. Quadrados da merda. Então aqui vai: House of Cards, quarta temporada, muito melhor que a terceira, muito pior que a primeira, mais fraquita que a segunda. Toma decisões muito certas, como a diminuição de histórias paralelas inúteis e um bom soco narrativo logo nos primeiros episódios. A união, aquela esfera, aquela gosma, dupla, cada vez mais bem retratada, a grande vitória deste novo tomo sem dúvida, o último plano, quando já não é apenas um que quebra a barreira. O único "não sei" é a falta de intensidade, aquela intensidade cega de subir, de não parar, do passo à frente, dos corredores. Falta muito isso. Mas o mundo muda. As ameaças mudam. Com elas as respostas. E felizmente House of Cards continua a ser uma resposta.

É uma festa

Não se enganem aqueles que ainda hoje coxeiam da bichacorice aguda que foi Frozen. Esqueçam lá as princesas e os festivais da eurovisão: voltou a história. Voltou aquilo que raramente a Pixar deixa escapar, uma construção lógica, sustentada, com duração de gente, que percorre um caminho. E mais, o mais inacreditável, é a criação de um universo. Sem limites. Voltaram à acreditar caraças - não disse foda-se porque este post é para maiores de 6 - mas mesmo a mergulhar, à antiga, de todos para todos. Com aquele requinte, aquele silêncio infantil, carregado das gargalhadas mais velhas, ou depois em uníssono. Tem tudo: policial, intriga e mundo, tem muito de mundo, daí a importância vital da utopia referida no título. É acreditar malta, um dos melhores do ano


Orgulho e preconceito e cavalheiros que afinal não morreram bem

Converseta conjugal, quando surge, da parte dela, orgulho, preconceito e guerra. É zombies. Orgulho, preconceito e zombies. Não é nada é guerra. Oh foda-se, já eu chateado, e de peito inchado. Ganho sempre nestas merdas. Não havia como perder. Queres ver, queres, imdb, pimba, perdi. Orgulho e Preconceito e Guerra, para enganar os borregos mal desmamados, à espera dum cavalinho do Spielberg, ou dum lendas da paixão, com cavalheiros em tronco nu e três horas da saga de uma família de rapazes com pénis acima da média. ZOMBIES, caralho, ZOMBIES, não brinquem connosco.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Recalca amendoim

Hoje qualquer refrão é rapidamente apontado nas notas, ou mesmo aparece logo desmascarado no rádio. Ou aplicações paneleiras que se elevam para descobrir quem o artista. O mistério morreu, antes mesmo de existir, se perguntarmos hoje a uma criança, o que é o mistério ela talvez nos grite e cuspa na cara, trepando depois para cima de um ipad, ou ipod, ou um écran qualquer gesticulando nervosamente com o dedo para o lado. A internet permite a nós, os salteadores de um tempo onde as merdas se perdiam, a descobri-las. Mas a magia do processo é que os segredos têm de ser ativados, ou então dormirão uma eterna e merecida sesta. E estava eu de manteiga de amendoim na mão quando chego a um filme que vi em Aveiro, na casa da minha avó. Uma merda esquisita onde putos barravam a careca e crescia cabelo a mais. Durante muito tempo não me ajeitava à noite com isso. Hoje descubro que afinal não passa de The Peanut Butter Solution, um filme de 85 com péssimo aspecto para toda a família.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Ser bonito não chega

Já vos disse que o último Del Toro é uma bela banhada? Mas estamos a falar de banhadas ao nível daquele filme de fantasmas que tinha o Owen Wilson e o gajo do Taken. Que eu sei que se chama Liam Neeson mas mas estou a trabalhar desprezo cómico. A palete é boa, muito viscosa de magenta e vermelha, agora a Wasichova e a Chastanitas só mesmo à bofetada. Um rombo visual de início, de suspense e ambiente, facilmente queimados numa noveleca de trazer por casa, com fantasmas na figuração. Ai não não.

Fodido fazer conversa

Não liguem. Estou só a fazer tempo enquanto o Man Seeking Woman acaba de sacar. Hoje esteve menos frio. E o trailer do Ghostbusthers, bem porreiro. O Homem-Aranha, o novo, com os olhos tipo como na BD original ou o caralho. Muito fixe. Já sacou. Ufa. Saio aqui. Até logo.

domingo, 6 de março de 2016

Cai Neve em Washington

Vou começar a ver a quarta de House of Cards. E há um boato que anda para lá a Neve Campbell. Tenho saudades da Neve Campbell. Acho que era só isto.

O filme tem uns travelings porreiros

Temos, inevitavelmente, de falar sobre este elefante, que apesar de não encher a sala, ocupa uma área significativa e eu às vezes gosto de dançar, com espaço. Falo, claro está, da cena em que o Leo e o índio papam flocos de neve. Língua de fora, que nem dois bêbados às 7 da manhã no passeio do cais do Sodré, a rir um para o outro e devorar interminavelmente os pedacinhos gelados que caem do céu. Ora bem, eu não quero arriscar, mas parece-me de facto a cena mais palerma do ano. Dou por mim no carro, a imitar o jovem Al Gore, e a rir, e rir, e rir. Tipo os bonecos que apertamos a mão e eles deitam a língua. Mas que palermice tão grande oh Nhárritu.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Monte da Ravasqueira

Tenrinhos do caralho. Logo a comentar os Oscares na segunda. O que se faz agora - e que já está muito em voga lá fora - é comentar cinco dias depois. Porque parecendo que não, é o tempo ideal para um raciocínio qualquer idiota e com piada que agora não me ocorre. A cerimónia em si, vê-se muito bem com vinho. Combina, como o queijo. Os minutos, sendo directamente proporcionais aos copos de tinto, encurtam-se, e aquela pastelice da espera cai num anonimato de baba, que vai custando sempre menos. E depois existem coisas que podem ficar para sempre na bebedeira incógnita: quem era o cavalheiro melhor ator secundário? o Di Caprio falou dos calotes polares? Spotlight? Só percebi quando vi o Keaton a fazer um trejeito estranho à língua. Ou será que não. Lá está não sei. Percebem o conforto?