Depois do filme andei ali, no turismo dos tristes, de seta em seta no Google Maps à procura dos sítios. E enquanto o amigo Daniel Louro - do The World is a Set - não vai a Quioto temos de nos contentar com este link farsola. River, antes de ser fantasia é um espaço, uma estalagem real que recobre o filme de autenticidade. É ela que impõe o sentido de repetição: quão monótono pode ser aquele trabalho? Quão fechado é aquele microcosmos? É ela também que reformula o género ao apresentar o time loop de dois minutos - o segundo na filmografia de Junta Yamaguchi - como um problema local, estilo corte de luz ou falta de água, que tem de ser resolvido para bem estar dos hóspedes. Se a obra anterior funcionava em plano sequência entre dois andares e dois monitores, esta eleva a fasquia ao fazer um reiniciar geral à beira rio a cada dois minutos; mecanismo muito difícil de manter mas que se segura com uma criatividade, fotografia e um painel de personagens invejáveis. Cada volta é única. E eu a contar os minutos para a próxima.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
no continente: um shampoo fructis anti-caspa, meia dúzia de víveres e o lord of war por 1,89€. * [ps (mais bizarro ainda): na compra de 2 ...
-
Dia Normal : acordas, vais para o trabalho, trabalhas, almoças, trabalhas, vais para casa, jantas e adormeces. Dia Michael Bay : acordas, va...
-
We can live like Jack and Sally if we want Where you can always find me And we'll have Halloween on Christmas And in the night, we'l...
Sem comentários:
Enviar um comentário