No dia achei meio paradão. Fui dormir. Só que depois não dormi. Ou se dormi foi sempre com a música: um carrossel soturno e magnífico de Dominique Plante, uma marcha em círculos, em ciclos, naquelas repetições diárias, desde a espera até ao exercício físico. E depois infetou ainda mais, para a cena do tribunal, a transformação medonha em discurso directo. O resultado prático da obsessão, de um voyeurismo carnal, digital, doentio. Juliette Gariépy absolutamente viciante, num aparente jogo de tribunal que se expande, silenciosamente, para o mais assustador dos horrores.
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