Estes filmes acabam por perder com a quantidade desmesurada de chapéus que lhes querem enfiar cabeça abaixo. O ano passado foi Get Out, e a raça, este ano é A Quiet Place, e a política. Mais, querem ainda espetá-lo na categoria de façanha técnica, de "ai que o filme não tem quase diálogos". O filme tem diálogos e não, não se trata de um exercício, exercício é A Arca Russa, o Memento ou O Artista, que optam por uma forma. Aqui não é opção, é contexto. Mesmo querendo, não há outra forma de contar sem ser o silêncio. Porque sem ele não se vive. Tirando todas estas sacas de cimento do costado damos por nós num pequenino e belíssimo filme de terror. Uma obra que não só nos coloca em sentido, e se eu, e se eu, mas que se concentra na família, na perda, na culpa, na esperança. O tal pretexto monstro para questionar o que de mais humano existe e persiste. Um quarteto de actores em grande forma, bicharada com fartura e um ritmo vertiginoso fazem deste shhhhhh um dos grandes filmes do género deste ano.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
no continente: um shampoo fructis anti-caspa, meia dúzia de víveres e o lord of war por 1,89€. * [ps (mais bizarro ainda): na compra de 2 ...
-
Dia Normal : acordas, vais para o trabalho, trabalhas, almoças, trabalhas, vais para casa, jantas e adormeces. Dia Michael Bay : acordas, va...
-
We can live like Jack and Sally if we want Where you can always find me And we'll have Halloween on Christmas And in the night, we'l...
Sem comentários:
Enviar um comentário