Já não perdia tanto a alegria de viver desde que fiquei fechado duas horas num autocarro, na pista de aeroporto, no verão passado. Janelas fechadas. O filme nunca mais acaba malta. E apesar do Ron Howard ser especialista nestes secões intermináveis - basta olhar para O Código Da Vinci - o problema é bem maior que uma cabeça. Independentemente, de ser nesta, noutra, ou numa muito muito longe, é sempre possível desenhar uma boa história. Que nos mantenha presentes. Solo: A Star Wars Story, falha no mais básico bê-á-bá do entretenimento: o objetivo. O que é não só inacreditável, como inadmissível. Arranca bem e até à cena do comboio há ali uma determinação, o protagonista tem um motivo, válido. Depois disso, e quando essa razão (des)aparece, perdemos foco e somos presenteados com uma hora amorfa de nada. De lugares e momentos obrigatórios. No final, o filme tenta voltar a um argumento, a um enredo, mas é tarde demais. Não temos as cartas para sentir aqueles truques de patife engana patife, de traições e reviravoltas. De uma cowboyada espacial. Cenários, recantos, construções, um belíssimo empreendimento visual que sucumbe às mãos destes novos moldes e novas confusões. Eu sou fã de Star Wars, mas acima de tudo sou fã de cinema. Não me fodam.
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