Querida Netflix, há uns dias, no grupo de sugestões intitulado "se gostou do Gravity, não seca o cabelo de manhã e come entrecosto com as mãos" apareceu-me o Stowaway. Carreguei no play e olha, até passei um bom bocadito. Tem a narizinho empinado do Pitch Perfect, o Jin do Lost, a mãe do miudito que via pessoas mortas e um cavalheiro que se esconde nos arrumos da nave que eu não conhecia. Mas a questão que vos queria colocar é: quando lançam o resto dos episódios? É que este primeiro acabou num cliffhanger daqueles e estas unhas não aguentam muito tempo.
quinta-feira, 29 de abril de 2021
quarta-feira, 28 de abril de 2021
Dos grandes finais
I had the body removed to our plot and I have visited it over the years. No doubt people talk about that. They say, "Well, she hardly knew the man. Isn't she a cranky old maid?" It is true, I have not married. I never had time to fool with it. I heard nothing more of the Texas officer LaBoeuf. If he is yet alive, I would be pleased to hear from him. I judge he would be in his 70s now, and nearer 80 than 70. I expect some of the starch has gone out of that cowlick. Time just gets away from us.
True Grit - 2010
terça-feira, 27 de abril de 2021
Mackié
segunda-feira, 26 de abril de 2021
Lobisomens do Século XXI - Dog Soldiers (2002)
Já viram o novo do Neil Marshall? Tem bruxas mas também tem 4.6. Queria ver se alguém ia à frente. Se entretanto ninguém levantar a mão o vosso tio avança. De peito aberto e braços no ar, eu só quero conversar, vou eu dizer ao filme, para ver se não levo logo um balázio na testa. Mas pronto, hoje estamos aqui para falar do bom e velho Neil, ali a arrancar carreira com um revigorante conto licantrópico. Dog Soldiers adopta a simplicidade de uma emboscada, como The Descent: um grupo de militares vê-se encurralado no meio da floresta por uma série de criaturas, que, ou eles muito se enganam, ou são lobisomens. No fundo duas matilhas, uma contra a outra. Boa utilização dos seus recursos - inventiva, especialmente nas perseguições primeira pessoa - e bons efeitos práticos, grandes, altos, fodidos. A picar o ponto nas obrigatórias mordidelas e transformações, mas sempre fluido, com direito a um explosivo final numa casa de campo. Melhor filme deste ciclo até ao momento.
quinta-feira, 22 de abril de 2021
Dá-me lume
[SPOILERS] O que dizem os meus olhos? Dizem que o Nobody é um filmalhão do caraças. Até me emociono, a relembrar aquele regozijo contido no autocarro, agora sim, de volta. O John Wick não está sozinho - belíssima piscadela de olho com a música do trailer do terceiro capítulo - e assume aqui a forma Jorge Palmaniana, do "eu não passo de um homem vulgar", que tem a sorte de esbofetear e acertar esse passo inseguro a toda a malandragem de leste. Bob Odenkirk, que maravilha de escolha e de entrega, com o seu corpo pequenito e destreinado, mas dono de uma fome e um nervo, em lutas secas - tem vergonha Mortal Kombat - e super sangrentas. É inevitável o laço, a vizinhança, e melhor, a edição agarra-nos do início ao fim, do quotidiano em família até a um confronto alucinante, que constará certamente nos melhores payoffs do ano (triple head shot!!!!). E depois, Chistopher fuckin´ Lloyd, a oficializar, à lei da caçadeira e ao som do You Will Never Walk Alone, este regresso de amigos. De facto, com esta malta, nunca caminharemos sozinhos.
quarta-feira, 21 de abril de 2021
Quem sabe um dia
Estava aqui a pensar que é um bocado estranho nunca terem feito um reboot do Mortal Kombat. Se bem que, se calhar, depois prometiam abordar a mitologia de algumas personagens, como o conflito Scorpion e Sub-Zero, num início porreiro e de seguida deitavam tudo ao lixo. Com uma enchente de figuras descartáveis, enredos previsíveis, lutas fugazes e efeitos baratuchos. Se calhar prometiam gore e depois era só aquele inócuo vermelhar do aborrecimento. Combates que funcionariam como marcos geodésicos do argumento, com tudo "escrito" à sua volta, sem tempo, sem ritmo, sem sentido. Se calhar o protagonista até seria o maior canastrão dos sete reinos e os diálogos dignos de Mortal Kombat com Açucar: Férias de Verão. Se calhar até queríamos vibrar, sentir união e nostalgia na aventura. Se calhar, enfim, é melhor assim.
terça-feira, 20 de abril de 2021
A Olga dos desejos
A Olga Kurylenko é a única Bond Girl que é também Hitman Girl e Max Payne Girl. Se sair num quiz já sabem. Mas não é nenhum destes filmes incríveis que me traz aqui hoje. É o The Room, não esse, um de terror de 2019, que em português ganhou título de O Quarto dos Desejos. Isto porque, alerta spoiler, tem um quarto onde podes, tambores, pedir desejos. Casa velha, casal novo, divisão misteriosa: ah e tal quero uma daquelas empilhadoras que a Ripley conduz no Aliens? Pimba, empilhadora nas mãos do nino. Fogo queria tanto. Claro que depois não é só guita e festa, eles tentam ir mais além e a coisa começa a correr mal. O filme é meio apressado, em vinte minutos resolve todas as possibilidades desta "lâmpada mágica" e segue para o "objeto" central da narrativa. Mas sem nunca aprofundar, quer as angustias passadas do casal, quer as relações presentes com a nova personagem. O terceiro ato é de facto um belo mergulhar na toca do coelho, com as caixas dentro de caixas, mas o vínculo criado (e depois quebrado) podia (e devia) ter sido retorcidamente maior.
segunda-feira, 19 de abril de 2021
quinta-feira, 15 de abril de 2021
Filme Dengaz
Eu queria dizer que não mas não consigo. Ficção científica florestal, carregadinha de verde e acampamentos esquisitos. Como aquelas escolas contentores, de apenas um ano, até acabar a obra; depois vamos a ver e já lá estamos há dez. The 100, After Earth, lembra esse regresso à natureza, essa fusão com um suposto zero (des)conhecido. Oportunidade que depois se corrói nos vícios do costume. Existe em Chaos Walking uma excelente premissa, com origem na trilogia homónima de livros, da autoria de um dos argumentistas, Patrick Ness. Não sei se foi já com olho num possível futuro, ou no desespero da ausência do mesmo, que se tentaram enfiar nestes 109 minutos demasiadas coisinhas. (SPOILERS) Temos a questão ruído, com toda uma origem oculta e um propósito pouco claro. A nível de mecanismo serve muito pouco a ação, a problemática. Podemos tirá-lo e o filme continua a fazer sentido. Visualmente é um mimo, especialmente em grupo e nas projeções da malta que já sabe utilizá-lo de forma mais profissional, mas enquanto núcleo diferenciador parece que nunca se justifica. Depois vem a questão do desaparecimento das mulheres (a única tentativa de ponte com os balões de pensamento), da diferença dos géneros, do livro aberto e do guardar um segredo, que acaba por ser pouco explorado ao entrarmos logo noutro acampamento onde aparentemente tudo é mais normal. Em tantos anos de vida o Tom Holland não pensou em explorar mato, em ir dar uma volta? E a espécie indígena, com direito apenas a uma pequeno cameo? Que tipo de conflito existiu? Ainda existe? Porque é que lhe falta um braço? Os mistérios resolvem-se e levantam-se sem peso, ligados mas sem objetivos. Por fim a Daisy Ridley, que se despenha no planeta e precisa de contactar a sua nave mãe, para dar início a uma segunda vaga de colonização. Acaba por ser esta a linha central, mas cada um destes novelos representaria sozinho um filme. Os atores esforçam-se, os efeitos também, mas no fim do dia, por muito que eu queira ter uma refeição prazerosa neste buffet, é comida a mais.
terça-feira, 13 de abril de 2021
9937 dias depois
quinta-feira, 8 de abril de 2021
Lobisomens do Século XXI - Howl (2015)
quarta-feira, 7 de abril de 2021
De todos
terça-feira, 6 de abril de 2021
O Michael Caine a rir
segunda-feira, 5 de abril de 2021
Lobisomens do Século XXI - Wer (2013)
sábado, 3 de abril de 2021
Não mexe mais
quinta-feira, 1 de abril de 2021
Para quem ainda não percebeu
Retroactive é um filme porreiraço. Um terror na autoestrada que vira time loop, com aquele filtro "deserto texano" e meia dúzia de atores, de pistolão e caçadeira na mão. Jim Belushi é o mau, Kylie Travis é a boa, ambos segurinhos, num vamos lá outra vez que desta é que é. Porém, a razão de aqui estarmos não é apenas para adicionar este sci-fi à lista, é para falar de um dos melhores momentos de "explica-me como se fosse muito burro" de que me lembro: ao início, vemos a nossa protagonista no carro, percebemos que ela está a fugir de algo, quando no rádio ouvimos que houve um incidente com reféns, 6 mortos e que a psiquiatra da polícia se demitiu. Pronto, é ela, certo, está contextualizado. Espera. Close-up da folha de jornal com a notícia e crachá da moça no banco do pendura. Ok, é isso, está confirmado de novo, se calhar não era preciso, mas assim de facto não há duv....pumba flashback, preto e branco, a cena toda dos reféns, helicópteros, tiros, ela a gritar, explosões. Porra, malta, calma, assim é entrada direta no Guiness da super exposição.
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We can live like Jack and Sally if we want Where you can always find me And we'll have Halloween on Christmas And in the night, we'l...
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Fim de tarde no podcast amigo Os Críticos Também se Abatem para falar de tudo, não em todo o lado nem ao mesmo tempo, mas com aquela tagare...
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[SPOILERS] Opá sim, aquele abraço final de grupo resulta, e só por esse conforto o filme vence. Também é verdade que florescem ramos franca...