Seria injusto dizer que o que se esconde por debaixo é indecifrável ou invisível. É clara a intenção de um mosaico de histórias meio perdidas, meio chungas/sci-fis, naquela onda grindhouse onde Blood Drive leva a taça de um bom passado recente. Mas supostamente seco este é um formato bem escorregadio, não tanto pelo carácter revivalista mas mais pela (aparente) ausência de regras. E é aqui, neste mais olhos que barriga, que Linhas de Sangue se estatela ao comprido: não percebe o que cabe e o que não cabe. O que é e o que não é. Com isso perde-se foco, perde-se tom e acima de tudo perde-se a ideia. Se segmentos como o da Marina Mota são exemplos do que o todo poderia ter sido - uma sequência com graça, sólida, bem desenhada - os restantes tomos são caricaturas dos seus próprios esquissos, descontrolos totais de realização e representação. Humor pateta, pobre, sem tempo de entrar nem tempo de respirar. Mesmo quem resista duas horas à gritaria é trespassado por um final apressado, claro na sua incapacidade de fechar, de em última hora oferecer o tal filme que vinha escrito no bilhete de cinema.
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